Teológico Pastoral

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Advento

Advento – Tempo de Paz

Os seres humanos por natureza anseiam por um mundo de paz, onde todos vivam em harmonia, numa relação fraterna, feita de compreensão e valorização do outro. A paz é o que nós desejamos a todos os homens de boa vontade.
Tempo de advento é um tempo por excelência para construirmos bases sólidas de paz, onde cada um viva em paz consigo mesmo, com os outros e com Deus. Não queremos guerras e nem divisões, mas sonhamos com um mundo de paz.
A paz em primeiro lugar é fruto de um continuo encontro profundo consigo mesmo. Quem vive em conflito interior, não se aceita como é, não se valoriza, não se ama e por isso vive em guerra interior.
Para viver em paz, é preciso que cada um aprenda a gostar de si mesmo, com suas qualidades, seus valores, mas também seus limites e seus defeitos. Aprender a elaborar tudo isso é fundamental para trilharmos o caminho da paz. Tem pessoas que se agridem a si mesmas, se auto-destróem e vivem continuamente se comparando com os outros, numa atitude de inferioridade. Sempre se consideram abaixo dos outros, como se fossem injustiçadas por Deus, por tê-las feita do jeito que são.
Cada ser humano é único, especial, com o seu jeito de ser e de viver. Graças a Deus somos diferentes e é isso que dá sentido para a nossa vida. Por causa da diferença é que temos uma identidade própria. Cada um precisa voltar-se para dentro de si mesmo, e ali fortalecer o brilho da sua existência.
A boa relação consigo mesmo, provocando uma paz interior, com certeza será fundamental para uma boa relação com os outros, e conseqüentemente viver em paz com eles. Se eu estou bem comigo mesmo, eu não vejo o outro como um concorrente, mas como um irmão com quem quero trilhar o caminho da vida. Alguém com quem eu divido as minhas alegrias, as minhas dores, as minhas conquistas, os meus sonhos, as minhas angústias e a minhas alegrias. O outro é visto como um irmão que Deus colocou em meu caminho, para juntos sermos construtores de um mundo melhor.
Quando me acolho do jeito que sou, sem brigas internas, acolho também o outro do jeito que ele é. Não busco mudá-lo, pois não tenho esse poder, mas compreendê-lo e acolhê-lo na sua singularidade. É muito bom saber que ele é diferente de mim, pois isso acrescenta muita coisa para a minha própria vida. Com o outro eu tenho muito a aprender e também, muito a ensinar. Interagimos, pois ajudamos e somos ajudados. Esse modo de ser indica que estou em paz comigo mesmo e com o outro.
Enfim, viver em paz com Deus. Significa fazer a experiência de um Deus amoroso, que me acolhe e me ama bem do jeito que sou, pois sou no fundo sua criatura e tudo o que trago dentro de mim, é dom gratuito Dele. Tem gente que briga com Deus, que reclama, murmura, não aceitando os imprevistos da vida. Parece que Deus é culpado de tudo, é o grande causador das desgraças das pessoas. Pelo contrário, Deus é sempre bondade infinita, amor pleno e total.
Quem faz a experiência de um Deus amoroso, vive essa relação com Ele de modo pacifico, e mesmo diante das intempéries, consegue perceber o dedo de Deus. É comum vermos pessoas afirmarem na hora da dor que Deus abriu os seus olhos e mudou a sua vida. Isso é sinal profundo de um encontro harmonioso com Deus.
Tempo de advento é tempo de construirmos um mundo de paz. A para que começa dentro de mim, se dá numa relação de amor com Deus e se expande no encontro com o outro, o diferente. Oxalá o mundo fosse mais pacifico, e tudo seria bem melhor. Jesus, o príncipe da paz nasce para revolucionar o mundo, e o grande anúncio é esse: paz na terra aos homens de boa vontade. Viva o amor e seja um instrumento da paz
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