“A ternura do teu coração e as tuas misericórdias se detêm para comigo!” Is 63,15
Um pouco de história...
A espiritualidade do Coração de Jesus é uma entre tantas formas de espiritualidade cristã na Igreja. Particularmente, hoje, revela-se sinal e fonte de Graça. Ela tem seu fundamento no mistério, na Pessoa e no lado aberto de Cristo, que contemplamos sobretudo no alto da Cruz.
No primeiro milênio da Cristandade, a Igreja contemplou o mistério da Cruz. Nesse período, como em todo o Novo Testamento, o mistério da Cruz é visto como martírio, como demonstração mais elevada de amor.
No curso da história, o culto ao Sagrado Coração de Jesus conheceu formulações devocionais muito diversas. As etapas principais deste caminho passaram pelo período patrísco, pela mística medieval, pela devocionalidade da Paixão e pela renovação conciliar.
Os Padres da Igreja interpretaram a imagem do Coração transpassado de Cristo como o nascimento da Igreja: "Do Coração transpassado de Cristo, brotou sangue e água". A água simboliza o Batismo e o sangue nos recorda a Eucaristia.
A devoção dos místicos fez com que muitos ficassem em contemplação diante da chaga aberta do Coração de Cristo. Uma contemplação condoída, mas rica de intimidade, de comunhão no amor, indo assim, da ferida aberta até o Coração de Cristo e deste ao Coração de Deus, fonte de toda caridade.
As experiências místicas de Santa Margarida Maria Alacoque contribuíram, sobremaneira, para a difusão e a popularização do culto em nível geral, enfatizando as 12 promessas feitas por Cristo àqueles que honrassem o Seu Sagrado Coração. Em tais promessas estava implícito um ritual de práticas simples e de fácil compreensãoi que, em poucos anos, se difundiu em muitos países. Essas práticas foram muito importantes durante o período, em que a população, de um modo geral, não tinha contato direto com a Bíblia e com a liturgia da Igreja.
Daí para frente, o culto ao Sagrado Coração de Jesus foi difundido largamente. Muitos Institutos religiosos e movimentos leigos foram fundados, tendo como centro essa devoção.
A partir dos anos 50, iniciou-se uma forte renovação bíblica e litúrgica na Igreja, que teve sua expressão máxima no Concílio Vaticano II. Era necessário distinguir a busca científica do Coração humano, da busca teológica sobre o Coração de Cristo e dar-lhe um significado atual, que fizesse com que seu simbolismo correspondesse à espiritualidade do mundo de hoje: um retorno à centralidade da pessoa, ao primado absoluto do amor e a um conjunto de valores que alimentam e animam nossa fé.
A autêntica espiritualidade ao Sagrado Coração de Jesus, hoje, pode ser vista como: a coragem do testemunho, a humildade do serviço, a alegria da gratuidade e o compromisso para a missão. "O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que, pela virtude do Espírito Santo, transbordeis de esperança!"(Rom 15,13).
“porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mt 6,21
Falar sobre o Sagrado Coração de Jesus é falar sobre a pessoa de Jesus, sua vida, seus feitos, suas experiências, suas relações, suas viagens, seus milagres, seus sentimentos, enfim, é mergulhar nesta misteriosa e encantadora vida de Jesus Cristo, Filho de Deus, o Homem de Nazaré.
Seria um erro apenas destacar a Divindade de Jesus, seus milagres e fatos extra-ordinários, esquecendo sua humanidade, sua vida ordinária. Em Jesus contemplamos o Deus Vivo, o nosso Deus, o Deus de toda a humanidade, o Deus encarnado, que vem nos comunicar sua vida, seu projeto de amor a toda a Criação, a todos os povos de todas as culturas.
“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento.” Mt 9,13.
Já dizia Jon Sobrino ( teólogo - San Salvador) que “O ponto central para nós é este: Igreja verdadeira é, antes de tudo, uma Igreja que “se parece com Jesus”. Todos intuímos que, sem parecer-nos com Ele, não seremos sua Igreja e nem ela será percebida como sua Igreja. Precisamos, portanto, nos perguntar o que significa ser uma Igreja parecida com Jesus?”
Poderíamos dizer tantas coisas, mas olhando para a vida concreta de Jesus encontramos a forte experiência de um homem cheio de misericórdia, cheio de compaixão. Um coração capaz de amar e de ser amado, um coração que vem ao encontro de cada ser humano e o acolhe em sua verdadeira realidade. Esta é a principal ação de Deus na história, amar a humanidade, no ato de criar, de conduzir, de contestar, de salvar, de redimir, um constante re-criar a sua obra. Esta é a ação de Jesus, que se encarna e assume nossa humanidade, a acolhe, a ama e a liberta de todo mal. Assim deve ser a ação da Igreja que quer , sempre mais, parecer com Jesus, igualmente uma Igreja da misericórdia.
“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai”.Lc 6,36.
Um pouco de história...
A espiritualidade do Coração de Jesus é uma entre tantas formas de espiritualidade cristã na Igreja. Particularmente, hoje, revela-se sinal e fonte de Graça. Ela tem seu fundamento no mistério, na Pessoa e no lado aberto de Cristo, que contemplamos sobretudo no alto da Cruz.
No primeiro milênio da Cristandade, a Igreja contemplou o mistério da Cruz. Nesse período, como em todo o Novo Testamento, o mistério da Cruz é visto como martírio, como demonstração mais elevada de amor.
No curso da história, o culto ao Sagrado Coração de Jesus conheceu formulações devocionais muito diversas. As etapas principais deste caminho passaram pelo período patrísco, pela mística medieval, pela devocionalidade da Paixão e pela renovação conciliar.
Os Padres da Igreja interpretaram a imagem do Coração transpassado de Cristo como o nascimento da Igreja: "Do Coração transpassado de Cristo, brotou sangue e água". A água simboliza o Batismo e o sangue nos recorda a Eucaristia.
A devoção dos místicos fez com que muitos ficassem em contemplação diante da chaga aberta do Coração de Cristo. Uma contemplação condoída, mas rica de intimidade, de comunhão no amor, indo assim, da ferida aberta até o Coração de Cristo e deste ao Coração de Deus, fonte de toda caridade.
As experiências místicas de Santa Margarida Maria Alacoque contribuíram, sobremaneira, para a difusão e a popularização do culto em nível geral, enfatizando as 12 promessas feitas por Cristo àqueles que honrassem o Seu Sagrado Coração. Em tais promessas estava implícito um ritual de práticas simples e de fácil compreensãoi que, em poucos anos, se difundiu em muitos países. Essas práticas foram muito importantes durante o período, em que a população, de um modo geral, não tinha contato direto com a Bíblia e com a liturgia da Igreja.
Daí para frente, o culto ao Sagrado Coração de Jesus foi difundido largamente. Muitos Institutos religiosos e movimentos leigos foram fundados, tendo como centro essa devoção.
A partir dos anos 50, iniciou-se uma forte renovação bíblica e litúrgica na Igreja, que teve sua expressão máxima no Concílio Vaticano II. Era necessário distinguir a busca científica do Coração humano, da busca teológica sobre o Coração de Cristo e dar-lhe um significado atual, que fizesse com que seu simbolismo correspondesse à espiritualidade do mundo de hoje: um retorno à centralidade da pessoa, ao primado absoluto do amor e a um conjunto de valores que alimentam e animam nossa fé.
A autêntica espiritualidade ao Sagrado Coração de Jesus, hoje, pode ser vista como: a coragem do testemunho, a humildade do serviço, a alegria da gratuidade e o compromisso para a missão. "O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que, pela virtude do Espírito Santo, transbordeis de esperança!"(Rom 15,13).
“porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mt 6,21
Falar sobre o Sagrado Coração de Jesus é falar sobre a pessoa de Jesus, sua vida, seus feitos, suas experiências, suas relações, suas viagens, seus milagres, seus sentimentos, enfim, é mergulhar nesta misteriosa e encantadora vida de Jesus Cristo, Filho de Deus, o Homem de Nazaré.
Seria um erro apenas destacar a Divindade de Jesus, seus milagres e fatos extra-ordinários, esquecendo sua humanidade, sua vida ordinária. Em Jesus contemplamos o Deus Vivo, o nosso Deus, o Deus de toda a humanidade, o Deus encarnado, que vem nos comunicar sua vida, seu projeto de amor a toda a Criação, a todos os povos de todas as culturas.
“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifícios; pois não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento.” Mt 9,13.
Já dizia Jon Sobrino ( teólogo - San Salvador) que “O ponto central para nós é este: Igreja verdadeira é, antes de tudo, uma Igreja que “se parece com Jesus”. Todos intuímos que, sem parecer-nos com Ele, não seremos sua Igreja e nem ela será percebida como sua Igreja. Precisamos, portanto, nos perguntar o que significa ser uma Igreja parecida com Jesus?”
Poderíamos dizer tantas coisas, mas olhando para a vida concreta de Jesus encontramos a forte experiência de um homem cheio de misericórdia, cheio de compaixão. Um coração capaz de amar e de ser amado, um coração que vem ao encontro de cada ser humano e o acolhe em sua verdadeira realidade. Esta é a principal ação de Deus na história, amar a humanidade, no ato de criar, de conduzir, de contestar, de salvar, de redimir, um constante re-criar a sua obra. Esta é a ação de Jesus, que se encarna e assume nossa humanidade, a acolhe, a ama e a liberta de todo mal. Assim deve ser a ação da Igreja que quer , sempre mais, parecer com Jesus, igualmente uma Igreja da misericórdia.
“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai”.Lc 6,36.