Teológico Pastoral

Teológico Pastoral

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Homilia Dominical - Dia 02 de julho

HOSPITALIDADE: acolher para humanizar-se


“Quem vos recebe, é a mim que está recebendo; e quem me recebe, está recebendo Aquele que me enviou” (Mt 10,40)

Certamente todos já viram um invento recreativo para crianças, composto de um globo inflável que flutua sobre um reservatório de água; ali elas são introduzidas, e ficam se movendo prazerosamente.
Tal invento evoca um comportamento muito frequente nas pessoas atualmente. Sem se darem conta, elas mesmas fabricam uma bolha e se fecham nela como num reduzido microcosmo. Elaborado pela mente e inflado pelo ego, esse pequeno globo enclausura-as em um mundo muito definido e estreito: o êxito, a vai-dade, o dinheiro, os bens materiais, um ambiente raquítico de espaço e tempo, torna-se sua única realida-de. A presença do outro, sobretudo do “diferente”, é totalmente desprezada.
No entanto, para quem é seguidor(a) de Jesus, poderíamos perguntar se há algo mais além, por detrás dessa bolha, desse globo fechado no qual todos brincam como crianças inconscientes.
Despertar o “eu profundo e universal” é descobrir-nos como habitantes de um universo novo e espaçoso, um “eu sou” com sabor de infinito, com a consciência expandida que rompe a bolha e nos faz sentir a liberdade amorosa dos filhos e filhas de Deus.
Deus “se fez diferente” e é na “diferença” que Ele vem ao nosso encontro como chance de enriqueci-mento vital e de intercâmbio criativo. Deixemo-nos surpreender pelo Deus da vida que rompe esquemas, crenças, legalismos, bolhas...; ou nossa vivência de fé se reduzirá a um ritualismo fechado, impedindo sair de nós mesmos.
  “Aprendi que Deus, não tendo domicílio, só aceita a mística do ‘porta-em-porta’” (Frei Cláudio)

Também os muros estão voltando à moda. Não podemos esquecer que os muros foram criados para a segregação. O muro econômico e social se visibiliza no muro que segrega os excluídos e marginalizados. Um muro é uma ordem, um silêncio forçado e prolongado, é vontade de poder.
Muros são pedras no sapato dos poetas. Como tirá-los do caminho? Muros não têm semente, ainda que se multipliquem pelo mundo. O muro é um veneno. Muros são concretos: muros entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, entre ignorantes e doutores, entre negros e brancos, entre centro e periferia...
Muros são urros. Muros são murros, são muito burros! Todos os muros deviam envergonhar, pois se os muros pudessem ensinar alguma coisa, desistiriam de serem muros.
Muitas vezes, os muros, as cercas e as portas nos protegem da diversidade, blindam nossa individua-lidade e parecem itens indispensáveis à sobrevivência. Assim, somos prisioneiros de nossa estreita visão de mundo e fazemos de nossa habitação uma couraça que enclausura.  Melhor a viagem que nos faz vulneráveis do que a segurança que nos rouba o caminho. Melhor enfrentar a vertigem do horizonte e usufruir da liberdade do que inventar cercas e muros reconfortantes que nos fazem cativos e solitários.

A vivência do seguimento de Jesus Cristo implica romper a bolha que asfixia a vida e derrubar os muros que cercam o coração, atrofiando a própria existência.
Hospitalidade é a palavra-chave na identificação com Aquele que se fez andarilho e buscou hospedagem. Hospitalidade é abrir um espaço para o outro.
Muitas vezes, ser hospitaleiro não é colocar alguém dormindo na nossa própria casa. É escutar alguém que é totalmente diferente de nós; é ter a capacidade de dar espaço à fala de alguém diferente.
Para abrir espaço para o outro é preciso nos desalojar do nosso próprio espaço; é preciso ser deslocado da nossa idéia de “estar sempre certo”, das nossas próprias convicções, dos nossos próprios sentimentos. Porque o peregrino tem o potencial de subverter, despertando ansiedades enterradas e aflições contidas.
Quem oferece a hospitalidade está rompendo com seu modo habitual de ser e viver. Abrir-se ao outro é sair de sua própria comodidade. O anfitrião, ao ser deslocado, encontra valores e atitudes dentro de si que o enriquecem. A melhor metáfora desta hospitalidade é a imagem da mãe que “faz espaço dentro de si para acolher o outro”, e assim multiplica a vida.
Tal hospitalidade se apresenta como um valor humano, espiritualmente vital e conectado com a vulnera-bilidade de todo ser humano que sempre requer ser acolhido; e, para acolher o outro, é precisa criar espa-ços habitáveis e abandonar lugares inóspitos.

Se quisermos que a vida cristã tenha a marca da Ressurreição, é necessário compreender que ela é chama-da a um compromisso diferente e mais profundo: sair da reclusão do nosso próprio mundo para entrar na grande “casa” de Deus; romper com o tradicional para acolher a surpresa; deixar a “margem conhecida” para vislumbrar o “outro lado”; desnudar-nos de ilusões egocêntricas; afastar a “pedra” da entrada do coração para poder viver com mais criatividade... 
As respostas do passado às questões atuais já não satisfazem; as velhas razões para fazer coisas novas, simplesmente já não movem os corações num mundo repleto de novos desafios.
Não há razão para permanecer nas bolhas e condomínios quando todas as circunstâncias mudaram.
A mudança de mente, de coração, de esperança, de paradigmas... exige que todos, de tempos em tem-pos, revisem suas vidas, conservando umas coisas, alterando outras, derrubando ideias fixas, convicções absolutas, modos fechados de viver...   que impedem a entrada do ar para arejar a própria vida.
Há, em todo ser humano, uma tendência a cercar-se de muros, a encastelar-se, a criar uma rede de prote-ção. Também os cristãos não estão imunes a esta tentação.
No entanto, nada mais contrário ao espírito cristão que a vida instalada e uma existência estabilizada de uma vez para sempre, tendo pontos de referência fixos, definitivos, tranquilizadores...
Numa vida assim faltaria por completo o princípio da criatividade, a capacidade de questionar-se, a audácia de arriscar, a coragem de fazer caminho aberto à aventura.

Texto bíblico:     Mt 10,37-42

Na oração:  O que é o específico do(a) cristão(ã)?
                    Buscar, no seguimento, fazer e viver o que fez e viveu Jesus. Para isso adota as atitudes, o olhar e a capacidade de contemplação da realidade que o mesmo Jesus adotou. Ele abraçou diferenças e novos horizontes. O Seu ministério ultrapassou as fronteiras. Ele rompeu com os muros do preconceito social, racial, religioso, de gênero... 
- Como cristãos, a graça que recebemos é estar com Ele e com Ele caminhar, olhando o mundo com os Seus olhos, amando-o com o Seu coração e penetrando no seu íntimo com a Sua infinita compaixão. Nossa vocação é a de construir pontes e ser presença reconciliadora em situações de fronteira, optando por uma “globalização na solidariedade”.
- Sua vivência cristã: risco da aventura ou medo asfixiante? Contínua surpresa ou perene rotina?  Espaço de liberdade ou vivências dentro de bolhas asfixiantes e muros de protecção?





terça-feira, 20 de junho de 2017


 
SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

No Coração de Jesus encontrarás: Força

Exposição do Santíssimo:
Canto:

Dirigente:  É no Coração de Jesus que encontramos forças para nossas fraquezas, por isso confiemo-nos a Ele, pedindo a sua graça. Nossos olhos se voltem ao seu divino Coração para, assim, conhecermos a profundidade do seu amor que se derrama em nós e é nosso auxílio e sustento na caminhada.

Canto

Quem é esse Deus em quem acreditamos? Qual é a sua essência? Como é que o podemos definir? A liturgia deste dia diz-nos que “Deus é amor”. Convida-nos a contemplar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus, a deixarmo-nos envolver por essa dinâmica de amor, a viver “no amor” a nossa relação com Deus e com os irmãos
Leitura do Evangelho – Mt 11,25-30
Naquele tempo, Jesus exclamou:
“Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, eu te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.

Reflexão:

Canto: Põe teu coração no meu    (coração)                      

Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:

Todos: Coração de Jesus, enriquecei-nos com vossa força!

1- Que neste dia, possamos assumir as nossas fraquezas, deixando-nos reencontrar pelo vosso amor.
2- Ò Coração de Jesus, despertai em nós o desejo de buscar-vos, e encontrando-vos, experimentemos a alegria do descanso, do consolo e da força.
3- Que a certeza do vosso amor nos dê coragem de enfrentar o mundo e, seguindo-vos, fazer de nossa vida um dom de amor.

Dirigente: No Coração de Jesus “resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado. Fixando aquele Coração, renovo o primeiro amor: a memória de quando o Senhor me tocou no mais íntimo e me chamou para segui-lo”... (Papa Francisco)

Canto

Madre Clélia:
 ... quando ruge a tempestade, refugia-te na Cela do Coração de Jesus, e consola-te com a esperança que suas promessas despertam, perpetuamente, em toda alma piedosa. Ele disse: “Procurai e achareis; batei e abrir-se-vós-á”. Procuras ser todo dele, a força para cumprir o dever, a paz do coração, a alegria da consciência.
Reza e o encontrarás. Mas a principal oração seja a retidão, a caridade, a humildade, o exercício das virtudes que devemos copiar, de modo especial, do Coração de Jesus.
(pausa)

Todos:  Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.

Canto: Tão sublime Sacramento
                                  Bendito seja Deus.  (oração)

Bendito seja Deus!   Bendito seja seu santo nome!   Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem!    Bendito seja o nome de Jesus!   Bendito seja seu sacratíssimo coração!   Bendito seja seu preciosíssimo sangue!   Bendito seja Jesus, no Santíssimo Sacramento do altar!   Bendito seja o Espírito Santo Páraclito!   Bendita seja a grande mãe de Deus, Maria Santíssima!   Bendita seja sua santa e imaculada Conceição!   Bendita seja sua gloriosa assunção!   Bendito seja o nome de Maria, Virgem e mãe!   Bendito seja São Jose, seu castíssimo esposo!   Bendito seja Deus, em seus anjos e em seus santos! Amém.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Homilia Dominical - 25 de junho de 2017

EVANGELIZAR NOSSA INTERIORIDADE

“Vede, eu vos envio como ovelhas para o meio dos lobos; sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16)

Os conflitos são constantes no caminho da fidelidade ao Evangelho: conflitos externos que surgem a partir da presença inspiradora e provocativa dos(as) seguidores(as) de Jesus; conflitos internos que aflo-ram quando a mensagem evangélica ressoa na interioridade de cada um, des-velando seus contraditórios impulsos, tendências, dinamismos, forças...
O ser humano vive tencionado entre dois polos: entre luz e escuridão, céu e terra, fragmentação e unidade, espírito e instinto, solidão e vida comum, medo e desejo, amor e ódio, razão e sentimento, sagrado e profano..., enfim, entre animalidade e humanidade.
Não se trata de alimentar uma luta entre esses dois impulsos, como um combate entre o bem e o mal; tampouco se trata de uma leitura moralista diante da presença das chamadas “tentações”.
O combate dualístico desemboca no puritanismo, no farisaísmo, no legalismo, no perfeccionismo, no voluntarismo..., esvaziando a pessoa de toda densidade humana.

A questão de fundo é saber qual dos dois dinamismos nós alimentamos; é aqui que entra a liberdade (ordenada) para deixar-nos conduzir pelo Espírito. O centro é o Espírito.
Só quando dizemos sim a esta tensão básica de nossa vida é que conseguimos superar a divisão interna.
Viver uma “vida segundo o Espírito” significa, antes de tudo, chegar à compreensão e integração das polarizações internas, dos dinamismos opostos, dos movimentos contraditórios... que nos mantêm “des-pertos” e que dão calor e sabor à nossa existência.
É próprio do Espírito,  reunir, integrar, conciliar, pacificar, conduzir-nos a um “lugar interior”, a um cen-tro de calma, onde tudo tem seu lugar, onde tudo encontra seu espaço.
Sua discreta presença nos move a acolher em nós nosso potencial de ternura, de cuidado e de resistência diante de todas aquelas situações e forças que desintegram a vida.
A atitude fundamental é a de sermos dóceis para nos deixar conduzir pelos impulsos do Espírito, por onde muitas vezes não entendemos e não sabemos.

À luz do evangelho deste domingo, vamos considerar os “conflitos internos”. E a questão primeira que surge é esta: como integrar, pacificar, harmonizar... os “animais interiores”, para que o seguimento de Jesus Cristo não termine num combate espiritual que desgasta, tornando pesada a vivência cristã e levando ao sentimento de impotência e desânimo?
Sob o impulso do Espírito, somos chamados a conhecer, reconhecer, nomear e integrar os animais que nos habitam. E caminhar fraternalmente com eles.
Cada um deles representa os instintos, impulsos, paixões, fragilidades, sensualidade, sentimentos... que, quando não pacificados e integrados, criam uma desarmonia interior.
Somos como a “arca de Noé”, no grande Oceano da vida, carregando em nosso interior todos os ani-mais, com seus instintos selvagens e primitivos; e o maior desafio é, justamente, a harmonia e a convi-vência, onde cada um deles tem sua importância, seu papel sagrado e revelador da nossa identidade humana. São eles que nos facilitarão o acesso às nossas riquezas interiores.
Algumas vezes agimos como uma cobra, ficamos ariscos e escondidos como uma onça, rugimos como um leão ou atacamos como um cão feroz. Outras vezes, até agimos igual a animais ruminantes que mastigam continuamente os rancores e mágoas do passado.
Eles não cessam de ladrar enquanto não lhes damos atenção.
É preciso, antes de tudo, pacificar nossos animais interiores. Trata-se de conhecê-los, aprender a língua-gem deles, fazer amizade com eles para que eles não nos destruam por dentro.

Faz parte da maturidade e crescimento pessoal encontrar e entender, em cada um de nós, a mensagem e o desafio de animais interiores como a pomba, o cachorro, o corvo, a serpente, a raposa, a perdiz, o lagarto, o falcão, o lobo, o leão... Cada animal deve ser verbalizado, integrado harmoniosamente no tempo certo e no lugar adequado. Ao fazer isso, descobriremos as diferentes dimensões da ecologia espiritual, paradi-síaca e harmônica, para bem viver a maravilha da vida plena e em abundância.
Quando todas as energias animais são ordenadas, elas colaboram para o conhecimento pessoal, o refina-mento da identidade e a busca da autenticidade, elas são fonte interior de sabedoria e de desfrute espiri-tual. Então, os animais pacificados  irão nos conduzir ao mais profundo e nos mostrar onde o tesouro está escondido, e ajudam-nos a desenterrá-lo. Aqui está o lado “humanizante” da vida.

Fomos forçados, durante nossa formação cristã, a viver uma espiritualidade que nos ensinou a reprimir e a manter presos todos os animais  na gruta interior e a levantar junto dela um edifício de “grandes ideais”. Lutar contra os animais interiores é permanecer na superfície de si mesmo e não ter acesso às reservas de riqueza do próprio coração.
Tal vigilância e suspeita nos levaram a viver constantemente com medo de que os animais pudessem fugir e nos devorar. Fomos obrigados a fugir de nós mesmos, ficamos com medo de olhar para dentro de nós, pois poderíamos correr o risco de nos deparar com os eles. Quanto mais os amarramos, tanto mais perigosos eles se tornam; eles nos atacam por dentro, tirando a disposição, o ânimo de viver.
Com isso nos excluímos do prazer de viver, porque tudo é reprimido e nossa animalidade é violentada.
E onde está o nosso medo pode estar também o nosso tesouro enterrado.
“Não tenhais medo deles. Não há nada de oculto que não venha a ser revelado, e nada de escon-dido que não venha a ser conhecido” (Mt 10,26).
Sem a superação cotidiana desse medo, nossa missão estará comprometida; perderá sua força inovadora, garantida pela novidade do Projeto de Deus.
Sabemos que tudo quanto nós reprimimos nos faz falta à nossa vida. Os “animais selvagens”  tem muita força. Quando os prendemos, gera um desgaste muito grande e fica nos faltando a sua força de que temos necessidade para o nosso caminho para Deus, para nós mesmos e para os outros.
Nosso compromisso deveria ser a de travar um diálogo amoroso com os animais dentro de nós. Então tornar-se-á realidade o que o profeta Isaías prometeu: “O cordeiro e o leão andarão juntos, e a pantera se deitará com o cabrito...” (Is. 11,6ss).
O compromisso com o Reino requer de todos uma forte dose de coragem e uma alma ágil, animada e vivificada pelo sabor da aventura e da novidade.
Vencido o medo, nós nos tornaremos autênticos, criativos e audazes seguidores de Jesus.

Texto bíblico:  Mt 10,16-33

Na oração: Na vivência cristã, o que importa é ter a co-
                     ragem de entrar na “arca interior” e dialogar amigavelmente com todos os animais. Então eles indicarão o caminho do tesouro escondido. Este tesouro pode ser  “uma nova vitalidade e autenticidade, um sonho ousado, uma intuição, um dom especial, o encontro com o verdadeiro eu, a imagem que Deus faz de cada um de nós...”
“Entrar na arca” significa “buscar e encontrar a Deus” exatamente em nossas paixões, em nossos traumas, em nossas feridas, em nossos instintos, em nossa impotência e fragilidade...
Viver uma nova espiritualidade significa, então, não buscar “ideais de perfeição”, mas dialogar com nossas paixões, nossas fragilidades, nossas carências...
Poderíamos nos interrogar o que é que Deus deseja nos revelar por meio delas, e como justamente através delas Ele deseja nos conduzir ao tesouro escondido no interior de nossa vida.





sexta-feira, 16 de junho de 2017

Homilia Dominical - 18 de junho de 2017

A COMPAIXÃO COMO FONTE DO CHAMADO

“Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas...; chamou os doze discípulos” (Mt 9,36)

Uma pessoa que se define tem força para despertar, para arrastar, para mobilizar os outros...
Jesus é o homem que se definiu. Por isso, Ele nos inspira e nos impulsiona. Inspirar e impulsionar, impulsionar a partir da inspiração: isso é seduzir no melhor sentido da palavra.
Jesus não nos seduz simplesmente para provar sua condição divina ou a veracidade de sua mensagem. Ele nos seduz porque foi um homem de carne e osso como nós, e porque alcançou um grau de humanidade, de compaixão e liberdade, de sensibilidade e compromisso..., que está em nossas mãos alcançar.

A grande novidade e originalidade de Jesus (sua subversão) começou em sua maneira de olhar a realidade e de deixar-se afetar por ela. A “subversão” da vida começa pela subversão do olhar e vice-versa. O coração sente de acordo com o que os olhos veem, mas os olhos veem de acordo com o que sente o cora-ção. A realidade subverte o olhar, e o olhar subverte a realidade. Olhos que não veem, coração que não sente. Mas os olhos não veem quando o coração não sente.
Os olhos de Jesus viram muita dor, miséria, violência..., e suas entranhas se comoveram. Viu o seu povo despojado da terra, dos direitos mais elementares... Jesus viu e se compadeceu; compadeceu-se e indignou-se; indignou-se e se comprometeu na transformação daquela realidade dolente; comprometeu-se porque seus olhos viram mais a fundo, mais além, outro mundo possível.
Na raiz de sua atividade terapêutica e inspirando toda sua atuação junto aos enfermos está sempre seu amor compassivo. Jesus se aproxima dos que sofrem, alivia sua dor, toca os leprosos, liberta os possuidos por espíritos malignos, os resgata da marginalização e os devolve à convivência.

O que move a vida de Jesus é a compaixão e a compaixão é expansiva, tem impacto profundo naque-les(as) que estão ao seu redor. Compaixão desperta compaixão pois ela é mobilizadora dos sentimentos mais nobres presentes no interior de cada um. No calor da compaixão ativada brota o chamado de Jesus e a resposta dos seus(suas) seguidores(as). Sem compaixão, a resposta ao chamado se esvazia, o serviço se burocratiza, o seguimento vira lei. 
Jesus não nos chama para seguir uma religião, uma doutrina, nem faz proselitismo... Ele desencadeia um movimento e nos convoca a segui-Lo, ou seja, identificar-nos com Ele e com sua proposta de vida.
O horizonte do chamado e do envio não é outro que o compromisso em favor da vida e das pessoas, frente àquelas forças que tendem a travar e danificar a mesma vida. A partir desta perspectiva, a “missão” pode reencontrar seu verdadeiro sentido. Enviados(as) em favor da Vida, seus(suas) seguidores(as) sabem muito bem qual é o encargo que Jesus lhes confia. Nunca O viram governando a ninguém; sempre O conheceram curando feridas, aliviando o sofrimento, regenerando vidas, destravando os medos, contagiando confiança em Deus.

A novidade de Jesus consiste justamente em afirmar que existe um caminho para encontrar a Deus que não passa pelo Templo, pela pompa dos ritos e pela observância estrita das leis. Desse modo, reconhece-se a vida como lugar privilegiado da Sua Presença.
O(a) seguidor(a) de Jesus não é aquele(a) que, por medo, se distancia do mundo, mas é aquele(a) que, movido por uma radical compaixão, desce ao coração da realidade em que se encontra, aí se encarna e aí revela os traços da velada presença d’Aquele que é a Misericórdia.
É aqui, neste mundo, que Deus nos chama a estender o seu Reinado, trabalhando cada dia como amigos(as) de Jesus que passam, se compadecem, curam, ajudam, transformam, multiplicam os esforços humanos. Apaixonados(as) por Deus, apaixonam-se pelo mundo que, em sua diversidade, riqueza, profundidade, fragilidade, sabedoria... lhes fala e lhe revela o rosto misericordioso do Deus que se humanizou para humanizar nossas vidas.
Jesus não fundou o clero nem quis instituir um corpo ou estamento de “homens sagrados”, uma espécie de funcionários do templo, constituindo-se numa “classe superior”. O que Jesus quis foi “discípulos/as” que lhe “seguissem”, ou seja, que vivessem como Ele viveu: dedicados a curar enfermidades, aliviar sofrimentos, acolher as pessoas mais perdidas e extraviadas. Assim nasceu o “movimento de Jesus”.

Jesus, o “rosto misericordioso do Pai”, continua passando diante de cada um de nós, parando e fazendo um chamado que desperta comoção e compaixão. Sua presença provocativa e seu chamado exigente colo-cam em questão nosso costume de nos refugiar no mundo asséptico das doutrinas, na tranqüilidade de uma vida ordenada, satisfatória e entorpecida, na segurança de horários imutáveis e de muros de proteção, longe do rumor da vida que luta para ter um lugar ao sol, dos gritos daqueles que sofrem e morrem nas periferias deste mundo.
Escutar e seguir Seu chamado implica abandonar a estreiteza de nossos caminhos e deixar o nosso coração bater no ritmo dos doentes e marginalizados, vítimas da desumanização de nossa sociedade.
O importante não é pôr em marcha novas atividades e estratégias, senão desprender-nos de costumes, estruturas e dependências que estão nos impedindo ser livres para contagiar o essencial do Evangelho, com verdade e simplicidade.
Como evitar que a aventura, na qual um dia nos embarcamos, nascida de uma paixão pelo Senhor e pelo seu Reino, transforme-se num tedioso cumprimento de normas e costumes?
Estamos, talvez, experimentando a frustração de não ter acertado na rota da busca da vida plena e trans-bordante na qual quisemos investir as nossas melhores energias: sentimo-nos cansados(as) de palavras sem significado e sentimos fome de proximidade, de presença, de compromisso.
Como Igreja, nem sempre temos adotado o estilo itinerante que Jesus propõe. Nosso caminhar torna-se  lento e pesado; não acertamos o passo para acompanhar a humanidade; não temos agilidade para deslocar-nos em direção à margem sofredora; agarramos ao poder e às estruturas que tiram a mobilidade; enredamos nos interesses que não coincidem com o Reinado de Deus.
Não estaremos desperdiçando as nossas forças para conservar atitudes arcaicas e nos deliciamos com um estilo de vida que nos atrofia? Não chegou, talvez, o momento de deixar de repetir aquilo que fazíamos antes, e de abrir-nos àquilo que está diante de nós, à novidade que o Espírito está criando?

Para Jesus, o ideal de sua mística é “viver com um pé levantado”, isto é, sempre pronto para responder às oportunidades que são oferecidas pela vida.
O(a) seguidor(a) de Jesus vive a aventura enquanto capacidade de estar “na frente” de situações desafi-antes, superando o medo de romper paradigmas, potencializando talentos e fomentando a criatividade...
Tem a ousadia de inovar, a coragem de arriscar e a vontade de realizar mudanças importantes.
Para isso é preciso despojar-nos de hábitos arraigados, pré-juizos, idéias fixas, modos fechados de viver e abandonar a atitude do “sempre fizemos assim”. Estes são os vícios que impedem uma resposta diferente e sedutora num mundo em transformação.
A compaixão deve configurar tudo o que constitui nossa vida: nossa maneira de olhar as pessoas e de ver o mundo; nossa maneira de nos relacionar e de estar na sociedade, nossa maneira de entender e de viver a fé cristã...

Texto bíblicoMt 9,36-10,8

Na oração: Jesus, foi o homem que se definiu, tinha
                   claro qual era sua missão; por isso, nos apresenta uma causa muito nobre e, com seu chama-do, rompe nosso estreito mundo e desperta em nós ricas possibilidades, reacende o que de mais nobre há em cada um(a) e amplia nosso horizonte de vida.
Seguir Jesus Cristo é aderir a Ele incondicionalmente, é “entrar” no seu caminho, recriá-lo a cada momento e percorrê-lo até o fim. Seguir é deixar-nos con-figurar”, isto é, movimento pelo qual vamos sendo modela-dos(as) à imagem de Jesus Cristo.
- Sua vivência do Seguimento de Jesus é marcada pelo “olhar compassivo e comprometido” ou por práti-cas piedosas alienadas, que não o(a) projetam em direção aos mais sofredores?



quinta-feira, 15 de junho de 2017

NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
TEMA CENTRAL: Contemplar o Adorável Coração de Jesus

para sermos testemunhas do seu Amor.

1º dia: No Coração de Jesus encontrarás: APOIO

Introdução:  O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (Jo 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando um conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus. Este Sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus a cada uma de nós, a cada pessoa individualmente.
O Coração de Jesus fortalece e anima os corações. Nele encontramos apoio e sustento. Apoiadas e fortalecidas, Nele confiemos o nosso dia.
Canto
Texto bíblico: Col 3,12-15
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Coração de Jesus, confiamos em vós!
1- Coração de Jesus, fortalecei e animai nossos corações neste primeiro dia da novena. Em vosso Coração possamos encontrar sempre apoio e sustento para nossa existência.
2- Recorramos a Vós, Coração de Jesus, fonte de riqueza e de graça. Em vós encontramos a ilimitada confiança que produz paz e tranquilidade.
3- Contemplamos Vossa bondade, manifestada em vossas Palavras e ações. Envolvei-nos com vossa presença consoladora.
Dirigente: Santo Agostinho disse: “Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor”. 
Canto
PM: 404
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.


NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
TEMA CENTRAL: Contemplar o Adorável Coração de Jesus

para sermos testemunhas do seu Amor.

2º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Força

Introdução:  É no Coração de Jesus que encontramos forças para nossas fraquezas, por isso confiemo-nos a Ele, pedindo a sua graça neste segundo dia de nossa novena. Nossos olhos se voltem ao seu divino Coração para, assim, conhecermos a profundidade do seu amor que se derrama em nós e é nosso auxílio e sustento na caminhada.
Canto
Texto bíblico: Jr 16, 19-21
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Coração de Jesus, enriquecei-nos com vossa força!
1- Que neste dia, possamos assumir as nossas fraquezas, deixando-nos reencontrar pelo vosso amor.
2- Ò Coração de Jesus, despertai em nós o desejo de buscar-vos, e encontrando-vos, experimentemos a alegria do descanso, do consolo e da força.
3- Que a certeza do vosso amor nos dê coragem de enfrentar o mundo e, seguindo-vos, fazer de nossa vida um dom de amor.
Dirigente: No Coração de Jesus “resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado. Fixando aquele Coração, renovo o primeiro amor: a memória de quando o Senhor me tocou no mais íntimo e me chamou para segui-lo”... (Papa Francisco)
Canto
PM: 159

Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.



NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
TEMA CENTRAL: Contemplar o Adorável Coração de Jesus

para sermos testemunhas do seu Amor.

3º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Carinho

Introdução: A graça e a bondade de Deus se revela em pequenos gestos. Gestos de ternura, bondade, carinho e compaixão. Foi assim que seu Filho Jesus aprendeu e demonstrou a toda a humanidade, doando totalmente a sua vida. A misericórdia divina é uma grande luz de amor e de ternura, é o carinho de Deus sobre as feridas dos nossos pecados. A misericórdia, afirmou o Papa Francisco, vai além e faz de modo que o pecado seja colocado de lado na vida de uma pessoa. É como o céu: Nós olhamos para o céu e vemos tantas estrelas; mas quando chega o sol, pela manhã, com muita luz, não vemos as estrelas. E assim é a misericórdia de Deus: uma grande luz de amor, de ternura. Deus perdoa não com um decreto, mas com um carinho, acariciando as nossas feridas do pecado. Porque Ele faz parte do perdão, faz parte da nossa salvação.
Canto
Texto bíblico: Mt 11 28-30
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, ensinai-nos a amar!
1.      Coração de Jesus cheio de compaixão, olhai para nós vossas seguidoras e tornai-nos abertas aos vossos gestos de carinho e de misericórdia.
2.      Coração de Jesus, fazei-nos mulheres capazes de levar ao mundo a ternura do vosso Coração, para que muitos conheçam o vosso amor.
3.      Coração de Jesus, renovai em nós o ardor e o desejo de vivermos unidas a vós e, cada dia mais, nos laçarmos no oceano do vosso Coração. Repletas de vosso amor, possamos derramá-lo na vida de tantos irmãos que vivem longe de vós.

Dirigente: “O mistério do Coração abre-se através das feridas do corpo; abre-se o grande mistério da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia do nosso Deus” (São Bernardo).

Canto
PM: 318
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.


NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 


TEMA CENTRAL: Contemplar o Adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.


4º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Luz

Introdução: Neste 4º dia de nossa novena, coloquemo-nos na presença do Coração de Jesus e deixemo-lo agir em nós. Caminhar em sua presença é ter a certeza de que Ele nos ilumina e nos conduz. Cristo é a luz para os momentos obscuros de nossa vida. Portanto, coloquemo-nos em suas mãos e deixemo-nos guiar por Ele.

Canto
Texto bíblico: Mt 5, 14-16
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, iluminai nossa vida e o nosso coração!
1- Que o Sagrado Coração de Jesus seja a luz que ilumina a nossa vida e o nosso caminhar.
2- Que essa luz, vinda do Coração misericordioso de Jesus, ilumine as trevas da humanidade, as dúvidas, e todas as incertezas, também de nossa vida e de nossa alma.
3- Que a luz de Cristo direcione os nossos passos e oriente nossos corações para as coisas do alto.
Dirigente: Santa Margarida Maria de Alacocque disse: “Ó Coração de amor, ponho toda minha confiança em ti, temo minhas fraquezas e falhas, mas tenho esperança em tua Divindade e Bondade”.
Canto

PM: 6

Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.




NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 


TEMA CENTRAL: Contemplar o adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.

5º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Segurança

Introdução: O Coração de Jesus, na Sagrada Escritura, se revela como o Bom Pastor do Povo e dos justos; inspira confiança, segurança, paz e tranquilidade. É a imagem do rebanho guiado pelo pastor que lhe dá segurança, pois é Ele que dá a vida ao rebanho.
Canto
Texto bíblico: Sl 22 (Bom Pastor)
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, dai-nos a vossa segurança
1-      Por todas nós para que tenhamos uma confiança ilimitada no Coração de Jesus, rezemos ao Senhor.
2-      Para que o Coração de Jesus nos ensine a reparar as ofensas que Deus recebe dos pecadores, rezemos ao Senhor.
3-      Para que nós, Apóstolas, possamos caminhar firmes e seguras nas vias de uma continua e crescente santificação, rezemos ao Senhor.
Dirigente: São Gregório Magno disse: “Aprendei do Coração de Deus e nas próprias palavras de Deus, para poderdes aspirar ardentemente às coisas eternas”.
Canto
Antologia Espiritual: Mg., Ap., pp.7-8

Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.




NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 


TEMA CENTRAL: Contemplar o adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.

6º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Conforto

Introdução: A Palavra de Deus nos escreve a experiência de Jesus frente à morte. Nesse momento crucial de sua vida, Ele partilha a angústia e a fragilidade do ser humano. Depois de intensa e profunda oração, entrega-se à vontade do Pai. A atitude de Jesus é um exemplo para todos nós, cristãos, constantemente colocados à prova nas dificuldades e contradições.
Só poderemos vencer, se nos colocarmos como Jesus, em oração.

Canto
Texto bíblico: Lc 22, 39-46
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, confortai nos!
1-      Para que o Coração de Jesus nos fortaleça na fé, na esperança e caridade, que tanto precisamos. Rezemos ao Senhor.
2-      Para que tenhamos uma alma disposta, pronta a fazer a vontade do Pai, como Jesus. Rezemos ao Senhor.
3-      Para que o Senhor olhe por todos aqueles que, dispersos pelo mundo inteiro, necessitam renascer para uma vida nova. Rezemos ao Senhor.
Dirigente: Santa Gertrudes disse: “Eu Vos saúdo, ó Sagrado Coração de Jesus, Fonte viva e vivificante de Vida Eterna, Tesouro infinito da Divindade, Fornalha Ardente do Amor de Deus…”
Canto
PM - 80
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.




NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 


TEMA CENTRAL: Contemplar o adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.

7º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Bondade

Introdução: “A bondade de Deus não tem limites”, já nos dizia o Papa Francisco, fazendo-nos relembrar uma verdade que o próprio Jesus nos veio revelar. Jesus, em sua missão, percorrendo toda a Galileia, durante a sua vida pública, de maneira profunda e radical, nos mostra a face de um Deus que é, acima de tudo, PAI; que nos ama e deseja derramar esse amor em todos os corações!
O coração de Jesus é a extensão do Coração do Pai. Ele é o próprio amor e a própria bondade do Pai!
Canto
Texto bíblico: Jo 15, 9-17
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, ensinai-nos a vossa bondade!
1- Senhor Jesus, no vosso coração encontramos a bondade e a misericórdia; derramai sobre nós o vosso espírito de amor, capaz de se doar sem reservas, rezemos!
2- Senhor Jesus, com vosso Coração bondoso, olhai para o nosso mundo e tocai o coração de todas as pessoas, para que busquem com empenho assemelhar-se a vós, e, como vós, sejam bondosos para com os seus semelhantes. Rezemos!
3- Coração de Jesus, bondoso e compassivo, fazei-nos semelhantes a vós!
Dirigente:Tenha grande confiança na bondade e na misericórdia de Deus; Ele nunca o abandonará” (São Pio de Pietralcina)

Canto
PM: 226
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.




NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

 


TEMA CENTRAL: Contemplar o adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.

8º dia: No Coração de Jesus encontrarás: Amor
Introdução: “Eis o Coração que tanto amou o mundo, e dele não recebe senão ingratidão”. Esta exclamação de Jesus a Santa Margarida Maria, nos leva a mergulhar no oceano de amor de que Seu Coração é a fonte. Jesus deseja, ardentemente, derramá-lo sobre cada uma de nós!

“O amor de Deus não é algo indefinido, um sentimento genérico, não é ar. O amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo... Amamos uma Pessoa, e essa Pessoa é Jesus (…) “É um amor que dá valor e beleza a todo o resto: à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte, a qualquer atividade humana”. Esse amor dá sentido também às experiências negativas, uma vez que permite seguir adiante nestas situações. Assim, até os cansaços, quedas e pecados ganham um sentido, porque o amor de Deus nos perdoa e resignifica nossas vidas.
Canto
Texto bíblico: 1Cor 13,1-13
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, dizendo:
Todas: Coração de Jesus, ensinai-nos a amar!
1- Coração Eucarístico de Jesus, em vossa infinita misericórdia, derramai sobre nós o vosso amor puro, radical e fecundo, e fazei-nos abertas para vós e para os nossos irmãos. Rezemos.
2- Coração cheio de amor, lançai sobre toda a humanidade vosso misericordioso olhar, suscitando nos corações os mesmos sentimentos do vosso Coração e tornai-nos capazes de amar, uns aos outros,  como vós nos amais. Rezemos.
3-Coração sedento do nosso amor, aumentai em nós o desejo de vivermos para vós. Fortalecei-nos na caminhada cotidiana. Tornai-nos sedentas de almas para vós. Rezemos.
Dirigente: Disse Santo Agostinho: “Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa, senão o amor, serão os teus frutos”.

Canto
PM: 205
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.


NOVENA EM PREPARAÇÃO À SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


TEMA CENTRAL: Contemplar o adorável Coração de Jesus
para sermos testemunhas do seu Amor.

9º dia: No Coração de Jesus encontrarás: TERNURA

Introdução: São João Paulo II nos convida a contemplarmos o Coração de Cristo como fonte de Misericórdia, mas também, de ternura e sensibilidade, que é fruto das entranhas maternais de Deus. Graças à ternura e ao amor de nosso Deus, somos visitadas constantemente pela presença Salvadora de Cristo.
É através de uma cadeia ininterrupta de testemunhos, que nos chega o rosto terno de Jesus. Como é possível isto? Como se pode estar seguro de beber no «verdadeiro Jesus» através dos séculos? “A proximidade é tão grande, nos diz o Papa Francisco, que Deus se apresenta, aqui, como uma mãe que dialoga com a sua criança: uma mãe que, quando canta a canção de ninar ao filho, faz voz de criança e faz-se pequena semelhante a ela. É a ternura de Deus. Está tão perto de nós que se expressa com a ternura de uma mãe”.
Deus salva o seu povo, não de longe, mas fazendo-se próximo e com ternura.  Deus cuida de nós com misericórdia e ternura. E nós, como temos cuidado do outro? Aquilo que Ele nos dá, devemos dar ao outro. Entendemos como “próximos” aqueles que estão perto de nós, além desses, o “próximo”, também é aquele que está longe de nós. Para ter um coração cheio de ternura, semelhante ao Coração de Jesus, devemos amar o nosso próximo, assim como Jesus.
Somos justificadas porque Deus se aproximou de nós e nos acariciou. Esta é a nossa justiça, esta é a proximidade de Deus, esta é a ternura, este é o seu amor. Mesmo arriscando parecer ridículo, o nosso Deus é tão bom! Se tivéssemos a coragem de abrir o nosso coração a esta ternura de Deus, quanta liberdade espiritual teríamos, quanta!
Canto: Salmo de Abandono 130- Salette Ferreira
Texto bíblico: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Is 49, 15). 
Meditação
Dirigente: Apresentemos nossas preces ao Sagrado Coração de Jesus, no íntimo do nosso coração, fazendo “memória” de todas as intenções e pedidos destes 9 dias da novena.
Dirigente: Santa Gertrudes assim fala de graças recebidas desse divino Coração: “Além desses favores, me admitistes ainda à incomparável familiaridade de vossa ternura, oferecendo-me a arca nobilíssima de vossa divindade, quer dizer, vosso Coração Sagrado, para que nele me deleite. Vós o destes a mim gratuitamente ou o trocastes pelo meu, como prova ainda mais evidente de vossa terna intimidade. Por esse Coração divino conheci vossos secretos juízos. Por ele me destes tão numerosos e doces testemunhos de vosso amor, que se não conhecesse vossa inefável condescendência, eu ficaria surpreendida ao ver-vos prodigalizá-los até mesmo à vossa amada Mãe, se bem que Ela seja a mais excelente criatura e reine convosco no Céu”.
PM – 218 Amar como Jesus ama
Oração: Ó Coração Sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de vida eterna, tesouro infinito da Divindade, fornalha ardente do amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio de minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo, do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém.





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