Ele ressuscitou
No Símbolo Apostólico, confessamos que Jesus, morto e sepultado, “desceu à mansão dos mortos” e “ressuscitou ao terceiro dia”.
Para os antigos israelitas, o Sheol, a “morada dos mortos”, era um abismo sombrio, onde já não se podia louvar o Senhor, nem fazer o bem. Os salmistas suplicam ao Criador que não os deixe cair nessa região tenebrosa: “acaso criaste para nada todos os homens? Quem é que pode viver e não ver a morte? Quem pode livrar sua alma do poder do abismo?” (Sl 89[88], 48-49).
Também os gregos acreditavam que ninguém poderia escapar do Hades, o equivalente grego do Sheol. Por isso, riram de Paulo quando ele lhes falou da ressurreição dos mortos (At 17,32). Paulo transmitiu o que ele mesmo tinha recebido: “que Cristo morreu pelos nossos pecados (...) foi sepultado e, ao terceiro dia, foi ressuscitado” (1Cor 15,3-4). Tal é o centro da mensagem cristã. Acreditando nesse kerygma, viveram e morreram, ao longo dos séculos, , ao longo dos séculos os apóstolos, os mártires, as virgens e os confessores da fé cristã.
A ressurreição do Senhor Jesus é atribuída a Deus Pai. Só a onipotência divina poderia fazer passar a carne humana, corruptível, para a vida eterna incorruptível. Mas, como o Espírito Santo é mediador de toda a obra da salvação, pode também ser-lhe atribuída a ressurreição (cf. Rm 8,11).
Se Cristo não tivesse ressuscitado, a nossa fé não teria fundamento. Todas as gerações cristãs teriam vivido e morrido à toa, engolidas para sempre pelo “buraco negro” da morte. Mas, “Cristo ressuscitou dos mortos” – proclama Paulo – “primícias dos que morreram” (1 Cor 15,20).
Para todos os pagãos, de ontem e de hoje, a morte é mais forte do que a vida. Ela acabaria vencendo sempre. Para nós, cristãos, não é a vida que é engolida pela morte, mas a morte a que foi tragada pela vitória do Ressuscitado. Paulo confirma: “onde está, ó morte, a tua vitória, onde está, ó morte, o teu aguilhão?” O aguilhão da morte é o pecado (1 Cor 15,54-56).
O pecado consiste em querer-viver-só-para-si, fechando-se ao Outro e aos outros. Na vida e na morte de Jesus, por amor, a carne humana aprendeu a sair-de-si e a viver e morrer para algo ou Alguém, que vale mais do que esta vida terrena.
O teólogo von Balthasar escreveu que, a partir da morte e da ressurreição de Jesus, tudo o que é humano, a nossa vida e a nossa morte, está envolvido e abrigado numa vida que já não conhece limites.
Para os antigos israelitas, o Sheol, a “morada dos mortos”, era um abismo sombrio, onde já não se podia louvar o Senhor, nem fazer o bem. Os salmistas suplicam ao Criador que não os deixe cair nessa região tenebrosa: “acaso criaste para nada todos os homens? Quem é que pode viver e não ver a morte? Quem pode livrar sua alma do poder do abismo?” (Sl 89[88], 48-49).
Também os gregos acreditavam que ninguém poderia escapar do Hades, o equivalente grego do Sheol. Por isso, riram de Paulo quando ele lhes falou da ressurreição dos mortos (At 17,32). Paulo transmitiu o que ele mesmo tinha recebido: “que Cristo morreu pelos nossos pecados (...) foi sepultado e, ao terceiro dia, foi ressuscitado” (1Cor 15,3-4). Tal é o centro da mensagem cristã. Acreditando nesse kerygma, viveram e morreram, ao longo dos séculos, , ao longo dos séculos os apóstolos, os mártires, as virgens e os confessores da fé cristã.
A ressurreição do Senhor Jesus é atribuída a Deus Pai. Só a onipotência divina poderia fazer passar a carne humana, corruptível, para a vida eterna incorruptível. Mas, como o Espírito Santo é mediador de toda a obra da salvação, pode também ser-lhe atribuída a ressurreição (cf. Rm 8,11).
Se Cristo não tivesse ressuscitado, a nossa fé não teria fundamento. Todas as gerações cristãs teriam vivido e morrido à toa, engolidas para sempre pelo “buraco negro” da morte. Mas, “Cristo ressuscitou dos mortos” – proclama Paulo – “primícias dos que morreram” (1 Cor 15,20).
Para todos os pagãos, de ontem e de hoje, a morte é mais forte do que a vida. Ela acabaria vencendo sempre. Para nós, cristãos, não é a vida que é engolida pela morte, mas a morte a que foi tragada pela vitória do Ressuscitado. Paulo confirma: “onde está, ó morte, a tua vitória, onde está, ó morte, o teu aguilhão?” O aguilhão da morte é o pecado (1 Cor 15,54-56).
O pecado consiste em querer-viver-só-para-si, fechando-se ao Outro e aos outros. Na vida e na morte de Jesus, por amor, a carne humana aprendeu a sair-de-si e a viver e morrer para algo ou Alguém, que vale mais do que esta vida terrena.
O teólogo von Balthasar escreveu que, a partir da morte e da ressurreição de Jesus, tudo o que é humano, a nossa vida e a nossa morte, está envolvido e abrigado numa vida que já não conhece limites.
Pe. Luis González-Quevedo, sj