Mistérios gloriosos tendo como tema a Assunção de Nossa Senhora
1) RESSURREIÇÃO DE JESUS - A Assunção de Maria está radicada na Ressurreição de Jesus. Ela é a primeira entre todos os remidos. A primeira, depois de Jesus, a vencer a morte. Elevada ao Céu, experimenta em plenitude a realidade contida na afirmação de S. Paulo: em Jesus todos serão restituídos à vida."Cada qual, porém, na sua ordem". Depois de Jesus, contemplamos Aquela que, no desígnio de Deus, esteve mais intimamente ligada a Jesus na realização do plano da salvação. Para nós, Maria constitui um sinal de esperança, porque nEla nos sentimos já todos representados e envolvidos. À luz de Jesus glorioso vemos a glória de Maria e pressentimos a nossa glória e a vitória sobre o pecado e a morte.
2) ASCENSÃO DE JESUS - Maria, humilde Serva do Senhor, é toda relativa a Jesus. Deveria configurar-Se com Ele na vida terrena e na vida celeste. Assim como a Ascensão de Jesus foi a Sua vitória definitiva sobre a morte e o pecado, o Seu triunfo glorioso sobre o Inferno, assim a Assunção de Maria foi também a Sua vitória sobre a serpente infernal, a Sua entrada triunfal na glória, onde o Seu Divino Filho já reinava, sentado à direita do Pai. Depois de Jesus, Deus e Homem verdadeiro, Maria é a primeira criatura a ter assento junto da Santíssima Trindade.
3) PENTECOSTES - O Pai começou a habitar na alma de Maria no momento da Sua Imaculada Conceição. Passou depois a habitar nEla, de uma maneira ainda mais perfeita, na Anunciação, no nascimento do Seu Filho, no Calvário, no Pentecostes e, finalmente, no momento culminante da Assunção. Ela foi sempre a "cheia de graça" mas esta plenitude era continuamente potenciada. Deus morava nEla cada vez mais e, cada vez mais ,Ela Se tornava templo do Espírito Santo.
4) ASSUNÇÂO - A Assunção de Nossa Senhora está unida à Sua Maternidade divina e à Sua perpétua virgindade. Concebida sem mancha do pecado original em previsão dos merecimentos de Jesus, Maria não esteve sujeita à lei da corrupção do sepulcro, à espera da ressurreição final. A carne de Jesus é a carne de Maria. Essa identidade não cessou com a ressurreição e a ascensão de Jesus, pois a Sua carne glorificada no Céu é a mesma que tomou na terra de Sua Mãe. Maria conservou-Se virgem no parto e depois dele. Deus quei Maria imune da corrupção do sepulcro. Maria foi assunta ao Céu porque era imaculada, porque era Mãe de Deus, e porque era Virgem.
5) COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA - O mistério da Assunção proclama e coroa a realeza de nossa Senhora. Subindo ao Céu, entrou no reino do Pai para ser coroada e agora reina com o Seu Filho eternamente. Mas a Sua realeza é amor e misericórdia. O Seu poder real exerce-o dispensando os tesouros do reino do Divino Redentor. Deste poder de intercessão junto do Filho e do Pai esperamos a graça necessária e o auxílio oportuno.
NOSSA SENHORA - RAINHA DA ASSUNÇÃO
1º MISTÉRIO: A mensagem da salvação de Cristo chega à plenitude com a sua ressurreição e ascensão aos céus. Após a consumação da obra salvadora, através da humilhação e da morte, Jesus é glorificado e constituído “Senhor”. Torna-se o chefe e centro de tudo. Para Ele tendem todas as coisas.
Maria, que viveu sempre associada ao seu Filho, também o foi na sua glorificação. Esta a verdade que a Igreja professou, ao longo dos tempos, e que Pio XII definiu, como dogma de fé, no dia 1 de Novembro de 1950.
Louvemos Maria associada ao triunfo de Cristo e peçamos-lhe que nos oriente nos caminhos da vida para estarmos um dia com Ela.
2º MISTÉRIO: Podemos dizer que a definição do dogma da Imaculada Conceição trazia consigo, de certo modo, a esperança da definição dogmática da Assunção, como diz Pio XII; “Por um privilégio inteiramente singular Ela venceu o pecado com a sua Imaculada Conceição. Por esse motivo, não foi sujeito à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo ao fim dos tempos.
Quando se definiu solenemente que a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi imune desde a sua Conceição de toda a mancha, logo os corações dos fiéis conceberam uma mais viva esperança de que em breve o supremo magistério da Igreja definiria também o dogma da Assunção corporal da Virgem Maria ao céu”.
Peçamos a Nossa Senhora, neste mistério, uma grande pureza de vida.
3º MISTÉRIO: Ao definir o dogma da Assunção de Nossa Senhora, Pio XII colocou uma viva esperança na sua poderosa intercessão ao afirmar na alocução consistorial de 30 de Outubro de 1950: “Queira a nossa Mãe amabilíssima elevada à glória celeste, conduzir à divina luz que procede do céu o mundo inteiro, envolto ainda, em muitos lugares, pelas trevas do erro, atormentado por cruéis flagelos e angustiado por graves perigos. Possa Ela alcançar para a humanidade as consolações divinas que reconfortam e erguem a alma, mesmo no meio dos mais vivos sofrimentos”.
Peçamos a Nossa Senhora, neste mistério, que todos os homens cheguem ao conhecimento da Luz do Mundo que é o seu Filhos, Jesus.
4º MISTÉRIO: Na alocução consistorial já atrás citada, Pio XII pedia a Nossa Senhora a paz para o mundo, para a Igreja e para todos os homens. “ Obtenha Ela do seu divino Filho que as nações e os povos, divididos entre si em detrimento próprio, vejam de novo resplandecer a paz: aquela paz que repousa, como no seu mais sólido fundamento, sobre a tranquilidade da boa ordem, sobre a justiça prestada aos cidadãos e aos povos, sobre a salvaguarda da liberdade e da dignidade a todos devidamente garantida.
Queira a bendita Virgem defender sobretudo com o seu poderoso patrocínio a Igreja Católica, que, em não poucas regiões, é pouco conhecida ou está exposta a falsas acusações ou, finalmente, oprimida por iníquas perseguições. Possa Ela trazer novamente à sua unidade todos aqueles que se extraviaram e se desencaminharam”.
Rezemos para que os votos formulados por Pio XII, na véspera da definição dogmática da Assunção de Nossa Senhora, sejam, uma feliz realidade nos nossos dias.
5º MISTÉRIO: Santa Maria Goretti, nos últimos instantes da vida, apesar do seu delírio, beijava instintivamente o crucifixo e a imagem de Nossa Senhora.
No meio de grande aflição, talvez revivendo a cena do crime horrível de que tinha sido vítima, disse em tom de súplica: “Quero estar mais perto de Nossa Senhora!”.
A aspiração desta menina mártir é a aspiração de todos os cristãos que fazem sua esta confidência de um santo: “Como a terra me parece desprezível quando olho para o céu !”.
A consoladora verdade da Assunção de Nossa Senhora convida-nos a olhar para o céu. Ela, como primeira cristã, foi também a primeira a receber a glorificação. Ela é a figura da Igreja e a realização do mistério da glória, no qual todos os que acreditamos em Jesus havemos de participar um dia.
Rezemos este mistério para que, embora rodeados e, ás vezes, quase submergidos pelas coisas da terra, os cristãos não cessem de olhar para o céu