TEMA:
Da Ressurreição até Pentecostes – Perseverança e incertezas no caminho de FÉ
(Texto baseado na Catequese do Papa Bento XVI sobre o Apóstolo Tomé)
DIRIGENTE: O Tempo Litúrgico que estamos celebrando, na Igreja, é o Tempo Pascal. Pensemos por alguns instantes, nos primeiros cristãos, os que conviveram com Jesus. Após a morte de Cristo um clima de incerteza espalhou-se entre a comunidade cristã. Alguns estavam desolados, como os discípulos de Emaús. Eles haviam deixado tudo para estar com Jesus e segui-Lo, mas após a morte Dele, eles sentiram-se sem direção e decidiram retornar à sua cidade de origem, Emaús. Alguns apóstolos resolveram retornar ao seu trabalho como pescadores, dar continuidade à própria vida e esperar para ver o que iria acontecer. Por outro lado, alguns deles viram Jesus ressuscitado e, por isso, sentiam-se fortalecidos na FÉ, pela certeza de que Ele estava vivo! Outros, porém, não o tinham visto, como Tomé, e duvidavam. Antes de Jesus ressuscitado enviar sobre eles o Espírito Santo, o clima era de dúvidas e incertezas; porém, mesmo assim os discípulos se encontravam, falavam sobre Jesus com saudades, e perseveravam na oração, juntamente com Maria, Mãe de Jesus, como nos diz o texto dos Atos dos Apóstolos, cap.1, vers.12 a 14. Ouçamos:
LEITOR 1: “Do monte chamado das Oliveiras, voltaram a Jerusalém. Tendo entrado na cidade, subiram à sala superior, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, e Simão, o Zelota; e Judas, filho de Tiago. Todos estes, unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus”.
DIRIGENTE: Queremos neste momento nos colocar junto aos primeiros cristãos. Por isso, vamos reproduzir o contexto daquela sala onde os apóstolos estavam reunidos com Maria, o Cenáculo. Hoje, não estão fisicamente aqui conosco os apóstolos Pedro, João, etc, mas a Maria Helena, o Júnior, a Rosana, ..., e juntos, perseveramos na oração, com Maria. Por isso, vamos acolher a imagem da nossa Mãe Maria, pedindo a ela que reze conosco nesta noite.
(Entrada da imagem de Nossa Senhora). Música: Senhora e Rainha – CD Pe. Zezinho - Momentos Especiais, faixa 8.
Preparemo-nos para acolher entre nós o Santíssimo Sacramento. Música para exposição do Santíssimo: Diante do Rei – CD Vida Reluz - Deus Imenso, faixa 2.
(Breve momento de ação de graças)
(Apresentação espontânea das intenções pelas quais queremos rezar nesta noite)
DIRIGENTE: Nós, hoje, estamos aqui reunidos como aqueles primeiros discípulos. Jesus está vivo, ressuscitou, mas talvez nós nos sintamos hoje como os discípulos de Emaús, desolados. “Acreditei Nele, mas O perdi de vista. Ele me deixou só, frustrou as minhas expectativas.” Ou talvez nos sintamos como os apóstolos pescadores. “O melhor é esquecer tudo e continuar tocando a vida, da maneira como fazíamos antes de encontrar Jesus”. Por outro lado, pode ser que nos sintamos
confiantes, como as mulheres que foram logo cedo ao túmulo e o encontraram vazio. Isso foi, para elas, suficiente para recordar as palavras de Jesus e acreditar que Ele estava vivo. Para quem tem fé,
um pequeno sinal desperta no coração uma certeza grande, intensa da ação de Deus. Nesta noite, porém, queremos olhar com mais atenção a atitude do apóstolo Tomé e aprender com ele.
Canto: Eu vim para escutar Tua Palavra, Tua Palavra, Tua Palavra de Amor. Eu quero entender melhor Tua Palavra, Tua Palavra, Tua Palavra de Amor. O mundo ainda vai viver Tua Palavra, Tua Palavra, Tua Palavra de Amor. (Louvemos no 366)
LEITOR 2: Em um momento crítico da sua vida, Jesus decidiu ir a Betânia para ressuscitar Lázaro, aproximando-se assim perigosamente de Jerusalém (cf. Mc 10,32). Naquela ocasião, Tomé disse aos seus condiscípulos: “Vamos nós também, para morrermos com ele” (Jo 11, 16). A determinação de Tomé em seguir o Mestre é exemplar e oferece-nos um precioso ensinamento: revela a disponibilidade total a aderir a Jesus, até identificar o próprio destino com o d’Ele e querer partilhar com ele a prova suprema da morte. De fato, o mais importante é nunca separar-se de Jesus.
LEITOR 3: É também muito conhecida a cena de Tomé incrédulo, que aconteceu oito dias depois da Páscoa. Num primeiro momento, ele não tinha acreditado em Jesus que apareceu na sua ausência, e por isso, Tomé disse: “Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei” (cf. Jo 20,25).
DIRIGENTE: No fundo, destas palavras de Tomé sobressai a convicção de que Jesus já é reconhecível não tanto pelo rosto quanto pelas chagas. Tomé considera que os sinais qualificadores da identidade de Jesus são agora, sobretudo as chagas, nas quais se revela até que ponto Ele nos amou. Nisto o apóstolo não se engana. Como sabemos, oito dias depois, Jesus aparece no meio dos seus discípulos, e desta vez Tomé está presente. E Jesus interpela-o: “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” (cf. Jo 20,27). Tomé reage com a profissão de fé mais maravilhosa de todo o Novo Testamento: “Meu Senhor e meu Deus!” (cf. Jo 20,28). A este propósito Santo Agostinho comenta: “O que via e tocava levava-o a crer naquilo que até àquele momento tinha duvidado” (In Iohann. 121,5). Tomé via e tocava o homem, mas confessava a sua fé em Deus, que não via nem tocava. O evangelista prossegue com uma última palavra de Jesus a Tomé: “Porque me viste, acreditaste. Felizes os que, sem terem visto, crerão” (cf. Jo 20,29). Esta frase também se pode conjugar no presente: “Bem-aventurados os que crêem sem terem visto”.
Tendo escutado sobre estas passagens da vida de São Tomé, vamos agora fazer alguns instantes de reflexão. Pensemos em Tomé, em seu grande amor por Jesus, em seus inúmeros momentos de fé, mas também em sua atitude de incredulidade.
E nós, como vivemos a nossa experiência de fé em Jesus Cristo?
Será que também nós temos, ou já tivemos, momentos de dúvidas?
Vamos refletir um pouco sobre isso.
(Tempo para reflexão)
Música: Deus é capaz – CD Pe. Fábio de Melo - Vida, faixa 4.
(Motivar para partilha)
DIRIGENTE: O apóstolo Tomé é importante para nós pelo menos por três motivos: 1º porque nos conforta nas nossas inseguranças; 2º porque nos demonstra que qualquer dúvida pode levar a um êxito luminoso além de qualquer incerteza; e por fim, porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos recordam o verdadeiro sentido da fé madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, pelo nosso caminho de adesão a Ele. Assim, preparando-nos para celebrar o ANO DA FÉ, vamos pedir ao Senhor que aumente em nós o dom da FÉ.
PRECES:
1. Para que todas as famílias encontrem em Jesus Ressuscitado a resposta para os seus momentos de incerteza, rezemos ao Senhor.
R.: Senhor, aumentai a nossa fé!
2. Para que todas as famílias que cuidam de seus familiares enfermos encontrem em Jesus ressuscitado a força, a paciência, a disponibilidade e o amor necessários para viver a sua fé, de modo concreto, no serviço ao irmão, rezemos ao Senhor.
R.: Senhor, aumentai a nossa fé!
3. Para que as famílias cristãs tenham a coragem de testemunhar, com alegria e esperança, a sua FÉ na Pessoa de Jesus, rezemos ao Senhor.
R.: Senhor, aumentai a nossa fé!
4. Por todas as famílias do GFASC que seguem Jesus, segundo o Carisma de Madre Clélia, para que sejam fortalecidos na sua experiência de fé em Deus, e sejam no mundo sinais luminosos da Ressurreição de Cristo, rezemos ao Senhor.
R.: Senhor, aumentai a nossa fé!
5. (Preces espontâneas)
DIRIGENTE: Agradeçamos ao Senhor pela oportunidade de estarmos aqui nesta noite! Encerrando este momento de oração, vamos confiar a Maria as nossas famílias, pedindo a ela a graça de sermos famílias cheias de FÉ. Rezemos a CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA.
CANTO PARA REPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO: Ilumina, Ilumina - CD Pe. Zezinho – Momentos Especiais, faixa 14.
Enviado por Ir. Ana Cristina Távora - Apóstola do Sagrado Coração de Jesus
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