Teológico Pastoral

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Formação humana

A fisionomia da Autoestima

Facilmente nós podemos observar se uma pessoa está de bem com a vida, como costumamos dizer. Isso se percebe através do seu físico. A autoestima é algo interno, mas que se manifesta interiormente. Como nós não podemos ver a pessoa por dentro é o seu aspecto exterior que fala por ela.
Autoestima expressa-se no rosto, nos modos, na maneira de falar e de se mover que projetam o prazer que a pessoa sente por estar viva. Na tranquilidade em falar das próprias conquistas, ou dos defeitos de maneira direta e sincera, pois a pessoa tem uma relação amistosa com os fatos.
Muitas vezes taxamos a pessoa de orgulhosa ou de autossuficiente, quando esta manifesta abertamente os seus aspectos positivos, as suas qualidades. Falar de si mesmo com naturalidade, é sinal de que ela está de bem consigo mesmo. O orgulho surge quando eu me coloco acima dos outros, aumentando a mim mesmo e diminuindo o outro. Ai sim reside um problema de autoestima, pois existe uma defesa no sentido de ter que se autoelogiar, rebaixando o outro.
A autoestima se percebe no conforto que a pessoa experimenta ao fazer e dar elogios, expressar afeto, apreciação, ou algo semelhante. Na abertura a críticas e no tranquilo reconhecimento de seus erros. As palavras e os movimentos tendem a ter uma qualidade tranquila e espontânea, refletindo o fato de que a pessoa não está em guerra consigo mesma.
Muitas pessoas encontram dificuldades em aceitar um elogio, como se o outro estivesse zombando dela. Outras, pelo contrário, tem dificuldades enormes em aceitar uma critica e facilmente sucumbem como se não valessem nada. São duas características distintas, mas ambas denotam a baixa autoestima dessa pessoa. Claro que existem aqueles que frente a um elogio gostam então de se enaltecer ainda mais. São pessoas que se acham e quando alguém as elogia, elas simplesmente voam e se distanciam do real. A crítica, pelo contrário, as coloca em ‘parafuso’, e encontram então dificuldades enormes para integrar essa situação.
Outro fator que demonstra a fisionomia de uma boa autoestima é a curiosidade e abertura diante de ideias novas. Eu diria que essa pessoa tem sede do desafio, daquilo que empreende coragem e ousadia. Existem aqueles que sempre fogem das situações difíceis, buscando o óbvio e aquilo que não demanda grandes esforços e investimentos. A pessoa de autoestima, muito pelo contrário, está sempre em movimento, dando ideias novas e buscando criar, renovar, incentivar, dinamizar o ambiente em que se encontra. Eu costumo dizer que tais pessoas estão sempre com coceira no corpo, pois não conseguem parar e se acomodar. É maravilhoso vê-las em ação, numa busca continua de superação e de transformação. Estão sempre cheias de ideias, de projetos, de sonhos, buscando modos de realizá-los. Isso é estupendo em um ser humano, pois o coloca numa busca incessante, e jamais o acomoda frente conquistas realizadas. Cada chegada é uma partida, na certeza de que não existe nada pronto e definido, mas a vida apresenta sempre novas possibilidades e novos projetos a serem realizados.
São pessoas de alto astral, pois são capazes de viver com um bom humor, mesmo diante de situações inesperadas, difíceis e até trágicas. Sabem tirar uma lição, e isso as coloca num continuo movimento. É muito bom encontrar gente assim, pois nos levanta, nos faz acreditar que é possível seguir em frente, mesmo quando tudo parece dizer o contrário.
No físico se percebe: olhos atentos, brilhantes; rosto relaxado, com colorido natural e bom tônus na pele; queixo naturalmente posicionado e alinhado com o resto do corpo e maxilares relaxados.
Dr. Pe. André Marmilicz
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