Teológico Pastoral

Teológico Pastoral

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Retiro


RETIRO ESPIRITUAL

Com alegria tirareis água
    das  fontes da salvação. "
                                  (Isaias 12, 3)
                          
O Coração de Jesus uma fonte
VOZ 1 - Este Coração divino è uma fonte inexaurível, da qual jorram ininterruptamente três rios: o primeiro é aquele da misericórdia pelos pecados levando a eles o espírito de penitência e de perdão. O segundo é o da caridade que jorra trazendo ajuda a todos os que se encontram em alguma necessidade, especialmente, àqueles que fazem um caminho de santidade: esses encontrarão a força para superar os obstáculos. O terceiro é aquele do amor e da luz para os amigos perfeitos que Ele deseja unir a si mesmo, comunicando a eles a sua sabedoria e os seus desejos, porque por um caminho ou por outro, se consagram totalmente à sua glória. Este Coração divino é um abismo de bondade, onde os pobres depositam suas necessidades; é um abismo de alegria, onde depositamos todas as nossas tristezas; é um abismo de humilhação para o nosso orgulho; um abismo de misericórdia para os infelizes; é um abismo de amor, onde devemos deixar todas as nossas misérias (Santa Margarina Maria de Alacoque - cfr Carta 2,33).

Carisma de Madre Clélia
VOZ 2 - O carisma de Madre Clélia tem sua origem no próprio Coração da Igreja que é o Coração de Cristo, transpassado pela lança, na Cruz, pela redenção do mundo, sinal de morte e de ressurreição, vivo e presente entre nós, no Sacramento da Eucaristia (Carisma e Missão, n 2).

 VOZ 3 - E’ para este Coração, sinal de amor e de redenção, fonte de salvação, que se dirige o olhar do homem, da mulher, de todo tempo e cultura, para atingir a fé que ilumina, a esperança que salva, a caridade que reúne as pessoas em uma só família e faz do Coração de Cristo, o coração do mundo.  (Carisma e Missão, n 4).

Reflexão com Papa Bento XVI
O lado traspassado do Redentor é a fonte para a qual nos envia a Encíclica Haurietis aquas: devemos haurir desta fonte para alcançar o conhecimento verdadeiro de Jesus Cristo e experimentar mais profundamente o seu amor. Poderíamos assim compreender melhor o que significa conhecer em Jesus Cristo o amor de Deus, experimentá-lo mantendo o olhar fixo n'Ele, até viver completamente do seu amor, para depois  poder testemunhá-lo aos outros. De fato, para retomar uma expressão do meu venerado Predecessor João Paulo II, "Junto ao Coração de Cristo, o coração humano aprende a conhecer o sentido verdadeiro e único da vida e do próprio destino, a compreender o valor de uma vida autenticamente cristã, a prevenir-se de certas perversões do coração, a unir o amor filial a Deus com o amor ao próximo. Assim é a verdadeira reparação exigida pelo Coração do Salvador sobre as ruínas acumuladas pelo ódio e pela violência, poderá ser edificada a civilização do Coração de Cristo".

Quem aceita o amor de Deus interiormente, é por ele plasmado. O amor de Deus experimentado é vivido pelo homem como um "chamado" ao qual ele deve responder. O olhar dirigido ao Senhor, que "tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores" (Mt 8, 17), ajuda-nos a tornar-nos mais atentos ao sofrimento e às necessidades dos outros. A contemplação adorante do lado transpassado pela lança torna-nos sensíveis à vontade salvífica de Deus. Torna-nos capazes de nos confiarmos ao seu amor salvífico e misericordioso e ao mesmo tempo fortalece-nos no desejo de participar na sua obra de salvação tornando-nos seus instrumentos. Os dons recebidos do lado aberto, do qual saíram "sangue e água" (cf. Jo 19, 34), fazem com que a nossa vida seja também para os outros fonte da qual promanam "rios de água viva" (Jo 7, 38) (cf. Enc. Deus caritas est, 7). A experiência do amor haurida do culto do lado traspassado do Redentor protege-nos do perigo do fechamento em nós mesmos e torna-nos mais disponíveis para os outros. Nisto conhecemos o amor: Ele deu a sua vida por nós, portanto também nós devemos dar a vida pelos irmãos (1 Jo 3, 16) (cf. Enc Haurietis aquas, 38). (cfr  por ocasião do 50° aniversário da Encíclica Haurietis Aquas - 15  de maio de 2006).

Sugestões para Oração

Ø      Reflexão com o Papa Bento XVI

Ø      Lineamenta – Apresentação do tema: “Com alegria tirareis água das fontes da salvação”  – página 6

Ø      Jo 19, 31-37 – O Coração transpassado é fonte de redenção


Ø      Jo 4, 1-42 – A Samaritana        - A proposta de Jesus a Samaritana suscita o desejo de beber “desta água” É o momento em que Jesus a remete para a sua situação de vida, que necessita de mudança, de transformação, de um sentido novo.

Ø       Lc 3, 21-22 – A experiência de ser Filho amado   - Acompanhe Jesus no Jordão. Permaneça com Jesus ao entrar na água do rio Jordão, deixando-se batizar. Com Jesus, mergulhe neste mistério do batismo, no qual o amor da Trindade  se revela e age.

Ø        Jo 15,1-11 – Permanecei no meu amor    - Visualize ou imagine uma videira que represente sua vida.  À luz da fé, contemple, com carinho, a qualidade se sua “videira”. Veja se há ramos cortados, secos, brotos novos, ramos que necessita de cuidado especial, ramos murchos, etc. Perceba o quanto você permite que Deus tome conta de sua “videira”, faça a poda e trabalhe nela. Sem Jesus Cristo, sua vida permanece desligada do “tronco da videira”, que fornece espírito e vida.                                              


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