1 - O chamado a
Perfeição e à Santidade
Dir.: Madre Clélia, movida pelo grande
zelo de sua missão de fundadora e mãe espiritual, não se cansava em exortar
suas filhas para que trabalhassem sem cessar e incansavelmente na busca da
perfeição e da santidade. Para ela santidade é dom, é uma vocação ao qual Deus
chama e convicta desse privilégio que Deus concede a alma, exorta as Irmãs a
percorrerem rapidamente o caminho da santidade, uma vez que, como Apóstolas,
devem a Deus uma correspondência de amor sem reservas. Explica que o amor
consiste no sacrifício e na virtude e aconselha as Irmãs a serem generosas e a
confiarem no Coração de Jesus que não se deixa vencer em generosidade.
Voz 1.: Para Madre Clélia, a santidade
e a perfeição consistem em uma obra íntima e escondida, realizada no interior
da alma e na profundidade da consciência, onde só Deus conhece realmente os
esforços feitos, e que se conquista com a humildade e a docilidade à vontade de
Deus. Para que se possa conseguir um progresso e realizar o trabalho de
santificação, é necessário que se tenha uma grande “estima da própria alma” que
é a habitação e templo de Deus. Exorta sobre a necessidade de vigiar sobre si
mesma, para estar sempre na presença de Deus e realizar um “continuo esforço sobre
si mesmas”.
Voz 2.: Afirma que a perfeição consiste
no desapego, e o fruto do desapego é o próprio Jesus Cristo, com todas as
alegrias e bens, pois quando se possui Jesus, possui-se o mundo todo. Em vários
de seus escritos insiste que para ser santa é necessário “conformar-se à
vontade de Deus”, estar livre de tudo e viver totalmente voltada para a glória
de Deus, num continuo empenho, movida por um nobre entusiasmo que disponha a
vontade a cooperar com a graça. Pois se Deus tem o centro de nossas vidas, tudo
o mais encontra seu devido lugar.
Voz 3.: Nossa Madre também apresenta os
obstáculos no caminho da santidade. Para ela, os maiores obstáculos são os que
fazem parte da nossa própria natureza. Fala sobre a necessidade do
autoconhecimento, para que se possa realmente combater as más inclinações e
considera a exagerada estima de si mesma como o maior perigo para o verdadeiro
progresso espiritual, pois falsifica o que somos na realidade e
consequentemente impede-nos um trabalho real e profundo sobre nós mesmas.
Apresenta quatro vivências importantes para superar estes obstáculos, “a
desconfiança de nós mesmas, a confiança em Deus, o exercício e a oração”
realizadas como fruto “do santo amor” que deve penetrar em todos os ângulos da
alma.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: “Não busques molemente a conquista do teu
aperfeiçoamento; coloca todo o ardor e o nobre entusiasmo de que és capaz. Leva
a chama do santo amor a todos os ângulos e a todas as penetrações da tua alma,
para não deixar subsistir nada que não seja voltado para a glória e honra de
Deus.
Coloca neste trabalho
os esforços generosos e constantes da tua vontade. Esquece o pouco bem que
poderias ter feito na tua vida passada, e
volta-te para a santidade que ainda não conquistaste.
Que as provas não te
assustem. Atira-te cega entre os braços amorosos de Jesus, e com Ele darás
passos gigantescos no caminho da perfeição.
Recomendo-te o
estudo do Catecismo e das Constituições... Fecho-te na chaga do Sagrado Lado de
Jesus, no qual te deixo, a fim de que tu possas aprender o que ainda não
conheces, isto é, a humildade.” (M.g.,
II, p. 180).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “Ser santo não é um privilégio de poucos, como se
alguém recebesse uma grande herança. Todos nós recebemos a herança de nos
tornarmos Santos no Batismo. Ser santo é uma vocação para todos. Todos nós
somos chamados a percorrer o caminho da santidade e o caminho que leva à
santidade tem um nome e um rosto: Jesus Cristo. No Evangelho, Ele
nos mostra a estrada das Bem-Aventuranças. A santidade se faz no
testemunho cristão nas ocupações de cada dia e no estado de vida em que se
encontra. O que se espera é que se cumpra com honestidade e competência o
trabalho, oferecendo tempo ao serviço dos irmãos. Ali onde você trabalha você
pode se tornar santo. Como respondemos até agora ao chamamento do Senhor à
santidade? Tenho a vontade de me tornar um pouco melhor, de ser mais cristão,
mais cristã? Esta é a estrada da santidade.”
2 - Purificação e
retidão interior: meios para chegar à santidade
Dir.: Nossa Madre dedica muitas páginas
de seus escritos à purificação e fala sobre ela em diversos modos, como o
sofrimento que purifica a alma, como a penitencia que devemos fazer para que
Deus nos purifique como esforço pessoal imposto pela própria boa vontade de se
libertar e se corrigir. E isso ela nos ensina também com a própria história de
vida. Fala e ensina a suas filhas o que aprendeu através da experiência. Quanto
lutou e sofreu para manter acesa a chama que ardia em seu coração, para ver o
Instituto florescer, para ver suas filhas santas, para salvaguardar a
integridade do Carisma confiado a ela. Sua estreita união ao Coração aberto na
cruz a levou ao ápice da entrega ao amor e por amor.
Voz 1.: Para
ela “Deus Só” deve ser o motivo de toda a existência humana no seu dia a dia; e
ensina que isto só se consegue através de um continuo exercício de purificação
interior. Demonstra a necessidade de tornar-se criança, para poder entrar no
Reino dos Céus. Para conseguir uma verdadeira transformação interna, é preciso
uma mudança radical em nossas intenções e motivos existenciais para que só
Deus, só Jesus seja a única meta, o único objetivo de todas as nossas intenções
e aspirações.
Voz 2.: É um caminho que não se
consegue de um dia para o outro; é um caminho que precisa ser percorrido com
paciência e muita calma, procurando, no dia a dia, viver de acordo com os
santos desígnios de Deus, acompanhado por uma atitude firme e resoluta de uma
constante busca e aproximação das coisas que possam conduzir à pratica do bem e
das virtudes, através de um empenho pessoal, permitindo que só Deus habite em
nossa alma.
Voz 3.: Para a Madre, é necessária uma
atitude firme e resoluta que só se consegue através da educação da própria
vontade em colaboração com a graça de Deus. E a vontade é educada e fortalecida
mediante a purificação interior e retidão de intenções, que também conduzem a
uma disposição interna de se auto avaliar, em todos os níveis e dimensões, nas
relações com o próximo, nos próprios sentimentos e afetos, nos pensamentos, nas
atividades e ações. Explica e orienta sobre a necessidade de executar todas as
ações com um único pensamento: Tudo deve ser feito e realizado para a maior
glória de Deus.
Voz 4.: A reta intenção é o caminho
mais seguro para atingir um perfeito abandono em Deus. Quando Clélia fala da retidão
e intenção, é clara e explicita: entrega a Deus “teu coração sem nenhum temor”,
“oferece-te a Deus em sacrifício, no silencio e na paz do espírito”. E aponta a
retidão e a purificação interior como base para uma vida vivida com humildade,
recolhimento, caridade e perfeito cumprimento da vontade de Deus.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 5.: “Ouvi,
filhas: como pelos frutos se conhece a árvore, considerai um pouco as amizades e as relações que cultivais, para deduzir se elas são santas ou vãs. Se das vossas relações tirais algum bem
espiritual, elas serão um meio assaz vantajoso para vós e para os demais; do contrário, serão apenas
uma perda de tempo e uma ocasião de arrefecimento espiritual, quando não de
pecado. (M.g., I, pág. 87). Coragem e confiança no Santíssimo Coração de Jesus,
e tudo estará de acordo com os divinos desejos. Procura retificar tudo o que
fazes. Esforça-te para que em teu coração não haja nenhum rancor. Faze o bem a
quem te possa parecer antipática. Afasta da tua mente,... todo pensamento que
despertaria revolta no teu coração. Recorda-te que tudo em ti foi consagrado a Deus; e... ai! de ti se ousares
profanar a menor parte de ti mesma”. (M.g., I, pág. 149).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 6.: “Quando nos
apresentamos a Jesus não é necessário fazer longos discursos. Bastam poucas
palavras, mas que sejam acompanhadas da plena confiança na sua onipotência e na
sua bondade. Confiar-nos à vontade de Deus significa de fato confiar na sua
infinita misericórdia. A graça que age em nós não busca o
sensacionalismo. Ela se move com discrição e sem clamor. Para medicar as nossas
feridas e nos curar no caminho da santidade essa trabalha modelando
pacientemente o nosso coração sobre o Coração do Senhor, de forma a
assumir-lhes sempre mais os pensamentos e os sentimentos. Pensemos em nós, em
nossas misérias… Cada um tem as próprias. Pensemos com sinceridade. Quantas
vezes as cobrimos com a hipocrisia das “boas maneiras”. E justamente então é
necessário estar sozinhos, colocar-se de joelho diante de Deus e rezar: Senhor,
se queres, podes purificar-me!”.
3 - Oração: edificar na
própria alma uma cidade de paz
Dir.: A
serenidade e a paz de espírito são apresentadas, por Madre Clélia, como meios
indispensáveis para que uma alma possa trilhar o caminho da perfeição. Orienta
e exorta as Irmãs a manterem a paz e a serenidade de espírito, apesar das lutas
e dificuldades, pois uma alma perturbada dificilmente conseguirá um progresso
na virtude e na vida espiritual. Ela fala sobre a necessidade de realizar um
esforço pessoal, para que se possa chegar a esta paz interior, procurando
“edificar na própria alma uma cidade de paz” e experimentar as moções da graça,
que age no silencio e na tranquilidade do próprio ser. Aconselha a colocar,
antes de tudo, uma “sentinela de paz” sobre os sentimentos, para habituar-se e
dedicar-se è vida de oração, à pratica das virtudes e o recolhimento.
Voz 1.: O recolhimento é necessário
para sentir a voz de Deus que fala no interior da alma, bem como para que possa
permanecer na presença de Deus. É um caminho a percorrer, um estado de alma de
verdadeira disponibilidade à ação da graça e do Espírito Santo. A Madre
reconhece esta necessidade, e ao mesmo tempo, sabe das dificuldades que se
enfrenta para chegar a este estágio e aconselha experimentar, um pouco por vez,
a deixar as “distrações” e a “passar alguns instantes de recolhimento e de
oração diante de Jesus”, para habituar-se a fazer silencio dentro de si mesma,
para deixar-se guiar pelo Espírito de Deus que esta sempre disponível a
“inundar a alma de luz e de paz”.
Voz 2.: Experimentai um pouco, filhas, separar-vos
das distrações mundanas e passar alguns instantes de recolhimento e de oração
diante de Jesus Sacramentado, e vereis quanta
luz resplandecerá em vossa
inteligência, quanto alívio e quanto
conforto provará vossa alma! (Mg., I, pág. 84). Em nossas igrejas, Jesus
Cristo nos espera, nos chama, convida-nos a pedir-lhe com confiança tudo o que
queremos, e promete escutar-nos. E nós, filhas, como... podemos dizer que
entramos no seu templo e ouvimos sua
voz, se não o fazemos com
verdadeiro espírito de fé...? (M.g.,I, pág. 113)
Voz 3.: Para conseguir o verdadeiro
espírito de recolhimento é necessário um verdadeiro espírito de fé, que para
Clélia, deve ser uma constante na vida da Apóstola, quando se está na Igreja,
rezando, e quando se executam as mais simples ações do dia a dia, para que se
possa permanecer em atitude de recolhimento. Para ela, “dissipar-se o dia todo
e recolher-se na oração” são duas práticas incompatíveis. A comunidade
religiosa é um santuário doméstico, lugar onde também se está aos pés de Jesus,
como Maria de Betânia. Um ambiente físico, cuidado com zelo, permite a Apóstola
estar mais “unida a Deus no silêncio e na paz”.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: Fazei
de tal maneira que vossa vida seja escondida em Deus com Jesus. Quando
se está escondida em Deus com Jesus, se está em companhia de
seus santos exemplos, de suas máximas adoráveis, de seu Coração tão humilde; e
em tal companhia, quem não será humilde? Quando Jesus aparecer em sua glória,
então, também vós, ó filhas, resplandecereis com Ele. Porém, atualmente, deveis estar escondidas como Ele no
presépio, como Ele na sua morte. Portanto, para nós, nem louvor, nem
glória neste mundo. Nada desejemos de fato. Desejemos incessantemente não
aparecer senão com Ele quando... Se mostrará no esplendor infinito da sua
glória... (M. g., II, pág. 104).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “A oração não é uma varinha mágica. Ela
nos ajuda a conservar a fé em Deus e a nos entregar a Ele mesmo quando não
compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus, que rezava tanto, é um exemplo para
nós. Temos necessidade de rezar sempre, sem jamais esmorecer. Portanto, não se
trata de rezar às vezes, quando ‘estou a fim’. Não, Jesus diz que é preciso
rezar sempre, sem cessar, rezar, altera todas as perspectivas. A
oração muda-nos o coração. Faz-nos compreender melhor como é o nosso Deus. Mas
para isso é importante falar com o Senhor, não com palavras vazias, mas falar
com a realidade.”
4 - Espírito Santo:
Mestre interior
Dir.: Para percorrer o caminho da
santidade, é necessária uma luz especial do Divino Espírito Santo, pois sem a Sua
luz é impossível sentir-se atraída pelos mistérios de Deus presentes na alma
humana. Madre Clélia aconselha invocar o Espírito Santo que é “sabedoria
divina” que “ilumina a alma e a inteligência”, conduzindo-a a percorrer o
caminho da santidade que conduz a glória eterna. Aconselha a pedir ao Espírito
a sabedoria cristã - que é vida e paz da alma, mestra, guardiã e diretriz das
virtudes - que nos guie como guiou os santos, pois é ela quem nos indica o
caminho e nos propõe os meios para atingi-lo.
Voz
1.: A Madre apresenta o Divino Espírito
Santo como o “consolador das almas”, e aponta as maravilhas que operou na alma
de Maria Santíssima, apresentando-a como modelo de disponibilidade, procurando
em tudo a perfeição, pois o Espírito age em nós e nos mostra a direção a
seguir, de tal modo que “fazer as coisas negligente e imperfeitamente é
faltar-lhe o respeito”. Não podemos deixar passar inutilmente os momentos da
graça, pois cada inspiração é um ato da bondade de Deus, que nos assiste a cada
instante.
Voz 2.: “Deus nos visita todo dia com tantas luzes, com
tantas inspirações de sua graça, com santos ensinamentos, com boas leituras,
com santos exemplos, com os bens e os males que nos envia: uns para fazer
sentir sua bondade; outros, para nos lembrar de sua justiça. É coisa digna de lágrimas não discernir
estas graças, e torná-las inúteis. Oh! minhas filhas, como somos dignas
de compaixão! Que desgraça é a nossa por frequentemente ter desconhecido as
visitas do Senhor!” (M.g., I, pág. 56).
Voz 3.: Com suas palavras e seu testemunho de vida, Clélia Merloni
nos ensina a não colocar resistência a ação da graça, mas ter sempre “uma
vontade resoluta” de agir sempre sob o seu divino impulso. Ela fala da
necessidade de se examinar sobre a correspondência ou não às graças concedidas
por Deus através de tantos meios e alerta sobre os perigos da infidelidade que
endurece o coração e nos faz dar mau exemplo e contra testemunho. Usa como
exemplo João Batista, o precursor de Jesus e explica, com maestria, o que
acontece no interior da própria alma, quando Jesus se faz presente, ilumina a
mente e move o coração, quer seja por meio de uma moção interior, ou de um
gosto pela virtude; é como uma voz secreta e poderosa que nos apresenta “o
caminho, a verdade e a vida” e nos convida a seguir.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: Se
invocares o Espírito Santo, que é... Sabedoria
divina. Ele virá a ti, e encher-te-á
com sua luz. Quando sua santa luz iluminar tua alma e inteligência,
então, sentir-te-ás estimulada, induzida a percorrer o caminho da santidade, e
tudo o que te rodeia, na natureza, parecer-te-á lama e podridão. A sabedoria
cristã é bela aos olhos de Deus, pela inocência da vida que nos ensina, pela
retidão e candor das intenções que nos inspira; bela aos olhos das pessoas que
não podem negar-lhe sua estima, e às quais ela faz amar a religião; bela em si
mesma, pela sua nobre simplicidade, pela nobreza de seus sentimentos, pelas
grandes virtudes que inspira e pela glória eterna a que nos conduz. (M.g., I,
págs. 16-17).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “O Espírito Santo é aquele que move a
Igreja. É aquele que trabalha na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada
cristão uma pessoa diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade. O
Espírito Santo é aquele que leva adiante, escancara as portas e convida a
testemunhar Jesus. O Espírito Santo é aquele que nos impulsiona a louvar a
Deus, nos induz a rezar: ‘Ele reza, em nós’. O Espírito Santo é aquele que está
em nós e nos ensina a olhar para o Pai e dizer-lhe: Pai. Ele nos liberta da
condição de órfão para a qual o espírito do mundo quer nos conduzir. O dom do
Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para
podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as
sementes da reconciliação.”
5 - Oração e união com
Deus
Dir.: A oração ocupa um lugar de
destaque na vida de Madre Clélia. Para ela, nosso ser deve estar em contínua
prece, uma prece ininterrupta, onde todos os afetos e sentimentos, raciocínios
e juízos, sejam unicamente para Deus, com Deus e em Deus. Exorta com insistência
suas filhas, para que peçam a Deus o dom da oração, convicta do seu poder e da
força da voz de Deus na alma. Para ela Jesus é o único Mestre, Mestre que, em
“Um só dia” de instrução, instrui muito mais do que todas as escolas dos
sábios. “Pede a Jesus que fale sempre à tua alma. Asseguro-te, minha filha, que
sua voz te instruirá mais em um só
dia, do que as escolas dos sábios em muitos anos. Não hesites mais,
minha filha, em recolher santamente tua mente e teu espírito, conservando-te na
presença de Deus.”
Voz 1.: Orienta ainda para que
mantenham uma contínua união com Deus, exortando-nos a rezar sempre, pois Jesus
se comunica à nossa alma, à medida que esta se comunica com Ele na oração. Fala
da necessidade da oração para que a alma possa desempenhar bem a própria
missão. A oração é sempre necessária. Nos momentos de dificuldades ela nos
prepara para superar os sacrifícios pequenos e grandes que poderão surgir.
Através da oração, Deus mesmo se faz a nossa força e sua presença nos concede
tranquilidade e paz.
Voz 2.: O espírito de oração deve
conduzir toda a vida e todo o nosso ser, a tal ponto que nosso coração seja o
santuário do Senhor. Em matéria de oração o importante é “saborear o Senhor” e
esta é a finalidade da meditação que nada mais é do que “estar com o Senhor”. A
Madre cita o exemplo de Santa Teresa que através da oração pode viver em sua
vida a “confiança em Deus, o amor à pobreza e a prática das virtudes”, mesmo
nos momentos de aridez e desolação foi perseverante e não desanimou de buscar o
Senhor. Clélia nos ensina a cultivar o “jardim do nosso coração”, regá-lo com o
orvalho da oração para que nasça a semente que Deus lançou na alma. De fato,
nossa vida Consagrada não tem razão de ser se não buscarmos continuamente o
Rosto do Senhor, que nos chamou para “estar com Ele”. A nossa missão, nossas
obras e todos os trabalhos que realizamos são fecundos à medida que estão
enraizados em Deus.
Voz 3.: A oração é tão significativa
para Madre Clélia, que está disposta a sacrificar a própria vida para que suas
filhas obtenham “a graça de uma perfeita união com Deus”. Ela faz referencia
aos vários tipos de oração: “agradecimento, adoração, louvor”, e exorta para
que amemos a Deus por todos aqueles que não o amam. Aconselha a exercitarmo-nos
na contemplação da bondade Divina, fruto da paz e da tranquilidade interior,
como resultado da manifestação da vontade de Deus.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: Procura cultivar
quanto puderes as almas a ti confiadas, e lembra muitas vezes que a alma é semelhante à terra: tem necessidade de ser trabalhada para tornar-se
fecunda. Reza muito, minha filha, e Jesus comunicar-se-á contigo à
medida que tu te comunicares com Ele, na oração. Tens necessidade de muitas
luzes e de força para desempenhar teu ofício, de acordo com a Vontade divina.
Não te contentes de recorrer a Deus somente nas horas destinadas à oração. ... uma união quase contínua entre ti e Ele, te é necessária (Mg., II, pág. 121).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “A vida do cristão pode ser resumida em
três comportamentos: estar “de pé” para acolher Deus, estar em paciente
“silêncio” para escutar a Sua voz e “em saída” para anunciá-Lo aos demais. Para
encontrar o Senhor, é preciso entrar em nós mesmos e sentir aquele “fio de um
silêncio sonoro” e Ele nos fala ali. Devemos sempre buscar o Senhor. Todos nós
sabemos como são os maus momentos: momentos que nos puxam para baixo, momentos
sem fé, escuros, momentos em que não vemos o horizonte, somos incapazes de se
levantar. Todos nós sabemos isso! Mas é o Senhor que vem, nos restaura com o
pão e com a sua força e nos diz: “Levante-se e vá em frente! Caminhe!”.”
6 - Santificação das
ações
Dir.: Fazendo suas as exortações
paulinas sobre a busca da santificação, fala sobre a importância de “cada
momento de nossa vida” ser santificado com boas ações e orienta-nos a vivermos
em continua união com Deus, exercitando-nos na prática da presença de Deus, para
que todas as nossas ações e afetos, sejam eles grandes ou pequenos, sejam
unicamente para Deus, transcendam o plano material conduzindo, passo a passo, a
uma atitude de total despojamento e abandono em Deus.
Voz 1.: A Madre considera o tempo,
“único e exclusivamente de Deus”, por isso não se pode dispor dele de acordo
com a própria vontade, mas de acordo com os desígnios de Deus. Sendo assim,
aconselha a “fazer tudo com o objetivo de agradar a Deus”, agir pela estima das
criaturas ou por conta própria, fechando-se na autossuficiência, é uma mera
perda de tempo. Este tempo, do qual muitas vezes não se tem a consciência de
sua existência, devido à rotina das atitudes e atos, vem apresentado nos
escritos de Clélia com uma característica eterna. Para ela, o tempo “vale tanto
quanto o Sangue de Jesus, pois por Ele fomos resgatadas em todos os momentos”.
Admoesta sobre o mau emprego do tempo, e de sua perda inutilmente, exorta e
orienta sobre seu uso e aproveitamento, uma vez que nossa redenção e nossa santificação
estão intensamente ligadas ao tempo, pois o ato Redentor de Jesus prolonga-se
em todos os momentos e em todos os tempos.
Voz 2.: “Por que perdes tanto tempo, assim
inutilmente? Não sabes, filha, que o tempo vale quanto o céu, porque o céu é a
recompensa atribuída por Deus mesmo, ao bom uso do tempo?” (M.g., I, pág.
11).
“Sendo o tempo de Deus e não nosso, não temos direito de dispor dele
para outro uso diferente daquele que o Senhor nos pede, de acordo com os
desígnios que tem sobre cada um de nós; não podemos dispor, nem ceder a mínima
parte ao gosto ou desgosto do momento, nem pedir conselho ao nosso capricho
para o emprego que dele faremos. É preciso fazer tudo com o objetivo de agradar
a Deus, porque Deus não recompensa senão o que se faz por Ele. Se se age por conta própria ou pelas
criaturas, perder-se-á o tempo e
o trabalho.” (M.g., I, pág.
11).
Voz 3.: A Madre ensina que todas as atitudes e ações devem ser
revestidas de um significado superior. Para que isso seja possível, insiste constantemente
sobre a atitude de Fé, que deve estar presente em todas as atitudes e ações da
Apóstola, quer sejam materiais ou principalmente espirituais, onde exorta a
conservar, no templo de Deus uma atitude externa profundamente religiosa, fruto
do recolhimento interno nos pensamentos e afetos, dignos da presença de Deus. A
casa de Deus, para ela e suas filhas, é um lugar de amor e reverencia.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: Procura, filha, fazer todas as coisas
simples e santamente, levando em consideração unicamente agradar a Deus. (M.p.,
pág. 24). Recorda muitas vezes, que sendo o fim da religiosa, além da exata
observância das Leis de Deus, viver
unida a Ele, deves exercitar-te frequentemente nos atos de fé, esperança e
caridade, adoração, louvor a Deus e
humildade. Teu trabalho deve
ser sempre acompanhado do espírito de pura e reta intenção e da plena
conformidade ao querer divino. (M.p., pág. 1).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “Sorria! Um cristão é sempre alegre;
Agradeça! Mesmo se não “precisar” fazê-lo;
Lembre aos outros que você os ama e cumprimente com alegria as pessoas que você vê todos os dias;
Ouça a história do outro sem preconceito, com amor;
Pare e ajude quando alguém precisar;
Incentive quem está desanimado, corrija com amor e não cale por medo;
Alegre-se pelas qualidades ou realizações dos outros;
Junte as coisas que você não vai mais usar e de a quem precisa;
Ajude quando necessário para que o outro descanse;
Cuide com carinho especial dos que estão perto de você e ajude os outros a superarem os obstáculos;”.
Agradeça! Mesmo se não “precisar” fazê-lo;
Lembre aos outros que você os ama e cumprimente com alegria as pessoas que você vê todos os dias;
Ouça a história do outro sem preconceito, com amor;
Pare e ajude quando alguém precisar;
Incentive quem está desanimado, corrija com amor e não cale por medo;
Alegre-se pelas qualidades ou realizações dos outros;
Junte as coisas que você não vai mais usar e de a quem precisa;
Ajude quando necessário para que o outro descanse;
Cuide com carinho especial dos que estão perto de você e ajude os outros a superarem os obstáculos;”.
7 - Amor de Deus
Dir.: Toda a santidade consiste em
amar a Deus, e todo o amor a Deus consiste em fazer a sua vontade. Em
muitas de suas cartas, Madre Clélia, se expressa sobre o amor de Deus, suas
características e qualidades. Exorta-nos a nos dedicarmos, com todo esforço de
que somos capazes, a Deus, que deve ser o único e o Sumo Bem de toda nossa
existência. Para que Deus possa reinar e ser realmente o único Senhor na vida
de cada uma de nós suas filhas, fala incansavelmente sobre a necessidade de
tomar firme e resoluta decisão, para não deixar que nada venha ocupar nossos
corações, exceto Deus. Deus ordena tudo em nós, se Ele esta no centro de nossas
vidas, todas as outras coisas que amamos ocupam o seu real tamanho em nós.
Voz 1.: Tendo experimentado, no
profundo de seu ser, a consistência do Amor Divino e a debilidade do amor
humano, apresenta as diferenças, atribuindo ao amor de Deus a “plenitude da
paz” e ao amor das criaturas, “um complexo de amarguras”. Acrescenta ainda que
a certeza de ser amada por Deus deve ser um conforto para todas as “aflições da
vida”. E como resposta a este amor, Deus, o Sumo Bem, merece todo o nosso amor;
é preciso amá-lo sem medidas e com todo o nosso ser. O amor de Deus deve estar
presente no coração humano, na espontaneidade de um ato de reconhecimento de
sua soberania e de gratidão pelo dom da própria existência. Não amá-lo, segundo
Madre Clélia, é cometer um tríplice pecado: de desprezo, de injustiça e de
ingratidão, pois tudo o que somos e temos recebemos de Deus, e Ele,
infinitamente bom e perfeito, merece todo o nosso amor.
Voz 2.: Apresenta Maria Santíssima
como modelo de consagração por sua pronta fidelidade à graça, por seu
recolhimento, vivendo por Deus e em Deus, e nos convida a imitá-la nessa
perfeita correspondência à graça, dedicando toda a sua vida, única e
exclusivamente para Deus. “Adoremos o Espírito Santo que inspirou a
Maria, ainda menina, a resolução de abandonar sua família e todas as doçuras do
lar doméstico, para fechar-se na solidão do Templo e levar uma vida toda
recolhida em Deus e por Deus. Congratulemo-nos, filhas, com a Virgem Santa,
pela perfeita correspondência à graça, e alegremo-nos de vê-la em tão tenra
idade, assim avançada na santidade. Filhas caríssimas, demo-nos a Deus sem demora, como fez a Virgem Maria.”
(M. g., I, pág. 167).
Voz 3.: Ama-se a Deus por aquilo que
Ele é não por aquilo que Ele pode nos dar. Ele é o único Bem. A felicidade se
encontra no amor de Deus, e sendo este superior a todas as ciências do mundo,
com o amor de Deus se é sempre feliz. O amor de Deus deve ser “tudo para a
alma, todo o resto deve ser nada”. Deve-se dedicar a Deus um amor superior a
tudo o que possa existir. Deus deve ser amado o “quanto Ele é digno de ser
amado”. Para Madre Clélia as qualidades do amor que deve envolver a vida da
Apóstola em resposta ao amor de predileção com que Deus a ama compreendem a um
amor forte e vigoroso, ardente e invencível, inabalável, humilde, para que só
Deus seja exaltado.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: Roguemos ao Senhor,
que nos tire tudo, exceto seu puro amor; então... estaremos contentes, e
deixaremos de boa vontade tudo por seu amor. Deixando-nos seu amor,
deixar-nos-á tudo o que queremos; seu
puro amor é tudo para nós, tudo
o mais é nada. Seria nada a própria
imortalidade de nossa alma, se por ela não nos fosse dado seu santo amor; pois
seria melhor ser aniquilada a partir deste momento, que perder por um só
instante a esperança de ser amada por Ele,
bondade infinita. Ó bom Deus, fazei
que possamos amar-vos o quanto
sais digno de ser amado! (M.g., I, pág. 102).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.:
8 - Amor ao próximo
Dir.: A caridade foi a grande
virtude vivida e praticada por Madre Clélia. Confirmam-no seus escritos e sua
vida, através de inúmeros fatos. O amor ao próximo em sua vida foi como um
abismo profundo. Quanta delicadeza e dedicada caridade para todos, sem acepção
de pessoas. O fundamento e a inspiração que a conduziu à observância radical dessa
virtude foi o preceito evangélico: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Ela encarnou esta prática em sua vida, tendo como único mestre e modelo Jesus
Cristo. Em seus ensinamentos concebe a caridade como a primeira de todas as
virtudes, a “virtude por excelência”.
Voz 1.: Só a sua prática verdadeira
e sincera é suficiente para fazer de uma comunidade um paraíso. A verdadeira
caridade começa em casa e não é possível o exercício do apostolado, com
corações ofendidos e divididos. É uma ilusão querer fazer o bem fora e
prejudicar o bom andamento da comunidade. Sem a prática da caridade não existe
santidade, pois esta se consegue com as pequenas coisas, e a virtude que
sobressai a todas as outras é a caridade. Esta requer o respeito recíproco, e todos
os cuidados que o bem do próximo exige. Clélia orienta-nos a compadecer-se e a
desculpar-se reciprocamente, reconhecendo mutuamente os próprios defeitos. Para
ela a caridade é a síntese da Lei de Deus e a estrada da santidade.
Voz 2.: Deve-se
vigiar sobre as próprias palavras e conduta, sempre com um caráter de
edificação, para que sejamos coerentes. Praticar com o máximo zelo, pois
seremos tratados com a mesma medida com que tratarmos nosso próximo. Orienta a
superar as dificuldades apresentadas no relacionamento provocado pelas
antipatias e limitações, usando os ensinamentos de Jesus, pois a caridade deve
ser a pedra mais preciosa a brilhar em nosso Instituto. A falta de caridade
provoca desunião, partidos, divisões e a ruína do Instituto. A caridade exige
sacrifícios, é necessário aprender com Jesus a amar as coirmãs, suportando-as
em tudo e perdoando sempre, mantendo-se dispostas e prontas para o bem de cada
uma. O amor ao próximo desterra toda maledicência ou crítica, toda zombaria e
depreciação. Clélia Merloni nos ensina a fazer o bem com palavras, com o
exemplo e com a oração.
Voz 3.: Apresenta
a correção fraterna como o primeiro e o mais belo ato de caridade e
misericórdia ensinado por Jesus. Deve ser feita com delicadeza, em tempo e lugar
adequados, para que possa produzir efeitos eficazes. Deve-se esperar o momento
certo e oportuno, para usar de correção fraterna. Quem corrige deve estar
tranquilo e livre de qualquer paixão, pois quem esta sendo corrigido, deve ver
claramente que quem corrige o faz por um simples ato de amor, visando o bem.
Fala também do bom exemplo que devemos dar, pois a inconstância no bem
demonstra falta de virtude, dá mau exemplo aos seculares e é uma porta aberta à
mediocridade. Nossa conduta deve edificar a todos, principalmente nas coisas
cotidianas e habituais.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: “Exercitai-vos muito na caridade, naquela caridade que
deve ser a pedra mais preciosa que deve brilhar no nosso Instituto. (M.g., II, págs. 99 - 100). Em tudo
e em toda parte, deveis fazer com que a caridade do vosso celeste Esposo Jesus
ocupe o primeiro lugar. Usai a caridade com semblante suave e sereno, com
fisionomia afável, com palavras doces e
cordiais; usai a caridade indulgente, vendo
sempre o lado bom e interpretando favoravelmente tudo o que se diz, desculpando
os outros, ainda que com prejuízo próprio, até que a prudência o permita. Não
deveis mostrar nenhum descontentamento pela rudeza ou enfermidade do próximo;
deveis aceitar com afabilidade e doçura os conselhos, as repreensões, as
mortificações, quaisquer que sejam; vigiai sobre vossas palavras e sobre vossa
conduta, para não dizer nada e nada fazer que desagrade; para fazer e dizer
tudo de amável, permitido pela consciência”. (M.g., Ir, pág. 107).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “A caridade é
simples: adorar a Deus e servir aos outros.”
9 - Reparação,
restaurar a imagem danificada!
Dir.: A devoção ao Sagrado
Coração de Jesus constitui o carisma deixado por Madre Clélia. Esta devoção implica
“amor, glória, reparação e imolação”. Nossa Madre recebeu esta devoção em sua
fonte e para ela a devoção ao Sagrado Coração de Jesus implica glorifica-Lo,
tornando-O conhecido e amado. Sendo assim, concebe a reparação como uma
consequência do amor que dedica ao Coração de Jesus. Recebendo de Jesus o
convite para ser “Apóstola de seu amor”, concebeu em seu ser o verdadeiro
espírito de seu Instituto: ser Apóstola do Amor a exemplo dos Apóstolos. A
reparação, então, é revestida do caráter de zelo apostólico que deve
impulsionar a Apóstola a viver em contínuo Espírito de reparação.
Voz 1.: Ela viveu este espírito de
reparação de modo heróico, oferecendo-se e imolando-se pela salvação dos
pecadores, não poupando um só instante de seus sofrimentos e dores. As crônicas
dos últimos dois anos de sua vida narram que estava muito doente, mas que seu
leito se tornara uma “cátedra”. Clélia não mediu esforços para que suas filhas
pudessem compreender o verdadeiro espírito de reparação e deixa claro que esta
deve ser ininterrupta. Toda a vida da Apóstola deve ser ato de reparação, de
restaurar o mundo danificado pela falta de amor, “colocando” amor onde este
perdeu o sentido.
Voz 2.: “O Senhor te ajude a
fazer em cada momento sua adorável vontade, de modo que cada sofrimento seja um ato de fervorosa e nobre reparação aos
ultrajes que os maus fazem continuamente ao Sagrado Coração de Jesus...
Procuremos, filhas, usar todos os
meios que o Senhor nos oferece
para torná-lo conhecido, amado e servido...;
aproveitemos, com prazer, todas as ocasiões para ganhar-lhe almas, mesmo com
prejuízo dos nossos bens, nosso repouso, nossa própria vida. Antes, devemos
alegrar-nos, se com tais meios, pudermos obter que mais um coração sobre a
terra, possa amar o Senhor. Quanto
mais virmos o bem a fazer, mais
devemos fazê-lo, e jamais dizer
basta;” (M.g., I, pág. 100).
Voz 3.: A orientação educativa de Madre Clélia, quando trata da
formação do verdadeiro espírito de suas filhas, vem acompanhada de um convite,
que é mais um testemunho de sua própria vida do que um simples ensinamento.
Orienta a fazer atos de fé, de adoração e de cordial homenagem para reparar
continuamente as ofensas que o Coração de Jesus recebe. Na vida cotidiana, as
atitudes da Apóstola devem reparar a humanidade que sofre pelo pecado e pelo
afastamento de Deus, seu testemunho de vida, as palavras que dirige aos outros,
o amor que dedica aos filhos de Deus são capazes de restaurar tantos corações
despedaçados que sofrem e precisam redescobrir o amor de Deus que gera vida em
abundância.
Exortações de Madre Clélia...
Voz 4.: “Oh! atiremo-nos
generosamente; aos pés do Crucifixo, e falemos-lhe, não mais das nossas cruzes,
mas das necessidades dos nossos irmãos; ofereçamos-lhe
todos os nossos sofrimentos, sem medi-los
nem contá-los (como quem esvazia o bolso na mão do pobre, sem verificar
a quantia), a fim de que, unindo-as às
suas, tenha nas mãos a moeda de resgate para qualquer pobre alma que o demônio já considera sua.” (M.p., p., pág. 151).
Exortações
do Papa Francisco...
Voz 5.: “É preciso
usar de misericórdia, ‘misericordiar’, para receber misericórdia, para ‘ser
misericordiado’. O fato de a misericórdia pôr em contato uma miséria humana com
o coração de Deus, faz desencadear imediatamente a ação; não se pode meditar
sobre a misericórdia, sem pôr tudo em prática. Por isso, na oração, não nos
ajuda intelectualizar. Com a ajuda da graça, o nosso diálogo com o Senhor deve
se concretizar sobre o meu pecado que requer que a misericórdia do Senhor pouse
sobre mim, o pecado de que sinto mais vergonha e maior desejo de reparar”.