Teológico Pastoral

Teológico Pastoral

sábado, 24 de setembro de 2011

Maria Santíssima e a Medalha Milagrosa


Santíssima Virgem de pé sobre o globo terrestre: isso significa que Ela, além de ser Nossa Mãe do Céu, é também a Rainha da Terra e de todo o Universo.
Ela esmaga sob seus pés uma serpente que representa o demônio, que tenta continuamente os homens com o intuito de levá-los
para o inferno.
Nossa Senhora tem um poder incomparavelmente maior que o do demônio. Ela protege todos os filhos que Lhe pedem
com confiança.
De Seus dedos saem raios de luz. Estes raios representam as graças que a Santíssima Virgem concede aos que se devotam a Ela. Perguntada por Santa Catarina por que de alguns dedos não saíam raios, Ela respondeu que desejava conceder mais graças, porém os homens não Lhe pediam.
A data de 1830 marca o ano das aparições de Nossa Senhora nas quais Ela revelou a Medalha a Santa Catarina Labouré. Foi no final da tarde do dia 27 de novembro.
Em volta da Medalha lê-se a frase: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Nossa Senhora mandou colocar na Medalha esta curta oração para que ela fosse repetida com freqüência.
O grande “M” tendo sobre si uma cruz, é a inicial do nome de Maria. A cruz é a Cruz de Jesus, que morreu por nós. Aos pés da Cruz encontra-se Maria que sofre e nos anima em união completa com Jesus.

O verso da Medalha

Em volta da Medalha estão desenhadas doze estrelas: é a coroa da Santíssima Virgem. Como Rainha do Céu e da Terra, Nossa Senhora tem uma coroa de doze estrelas que representam seu poder sobre toda a Criação. Tudo o que Ela pede a Deus, Ela obtém. Lado a lado, estão o Coração de Jesus e o Coração de Maria. Duas pequenas chamas indicam que eles queimam de amor por nós.
À esquerda, o Coração de Jesus está envolto por uma coroa de espinhos e tem uma chaga aberta que sangra. São nossos pecados e nossas más ações que O fazem sofrer: para redimir nossos pecados Ele foi coroado de espinhos. Ele morreu na Cruz e Seu Coração foi transpassado por uma lança.
À direita, o Coração de Maria está atravessado por uma espada que representa toda a dor que Ela sentiu durante a Paixão de Seu Filho por nós. Ela ofereceu esses sofrimentos em união aos de Jesus para que nós nos salvemos e possamos ir ao Céu.

São Pio de Pietralcina




 Santo Padre Pio de Pietralcina
22, setembro, 2011
Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o “Frei”estigmatizado.
O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povoado da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a uma família humilde tendo como pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio tinham outros filhos.
Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal “diferença” foi observada por seus parentes e amigos. Narra a mamãe Peppa: “Não cometeu nunca nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saia nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: – “Francì vá um pouco a brincar”. Ele se negava dizendo: – “Não quero ir porque eles blasfemam”.

Nesta casa o Santo Padre Pio passou sua infância. Pietrelcina, na Itália

Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os Extasies e as aparições foram freqüentes, mas para o menino pareciam serem absolutamente normais.
Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.
Ordem do Capuchinhos
Em 6 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910. Teve assim início sua vida sacerdotal que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento.
Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gargano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado falecimento.
  Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas.
Os estigmas da Paixão de Cristo
Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas.
Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.
Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua “crucifixão”:
“O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!Foi na manhã do 20 ( setembro ) no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Todos os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina.
Tudo aconteceu num instante. E enquanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, o pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito.
A visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração, continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai, eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da alma. Temo morrer em sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração, e ter piedade de retirar de mim está situação…”
50 anos dos estigmas
Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos “Grupos de ruego”, hoje chamados “grupos de oração”e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: “Casa Alívio do Sofrimento”.
Em setembro os 1.968 milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração.
Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. Deste maravilhoso frei, escolhido pro Deus para derramar a sua Divina Misericórdia de uma maneira especial.
Fonte: http://www.padrepio.catholicwebservices.com/PORTUGUES/Biografia_port.htm

Hora Santa - Santidade

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 Santidade ao alcance de todos -
 A melhor resposta que damos ao amor de Deus

Dirigente: Desde a Antiga Aliança, realizada por intermédio dos Patriarcas, Deus chama o povo à santidade: “Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo” (Levítico 11,45).
Leitor 1: O desígnio de Deus é claro: uma vez que fomos criados à Sua “imagem e semelhança” (cf. Gênesis 1,26), e Ele é Santo, todos nós temos de ser santos também. Isso é natural, porque fomos feitos para o Senhor; Ele não o deixa por menos.
Leitor 2- São Pedro repete essa ordem dada ao povo no deserto, em sua primeira carta: “A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque Eu sou santo (Levítico 11, 44)” (I Pedro 1,15-16).  O grande apóstolo exortava os cristãos do seu tempo a romper com o pecado: “Luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias” (1 Pedro 4,3), vivendo na caridade, já que esta “cobre a multidão dos pecados” (1 Pedro 4,8).
Leitor 3: Da mesma forma, Nosso Senhor Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, chama os discípulos à perfeição do Pai: “Sede perfeitos assim como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mateus 5,48). Cristo se refere à bondade do Pai, que ama não só os bons, mas também os maus e que “faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos” (idem 5,45). E pergunta aos discípulos: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis?” (idem, 46).  Para o Senhor, ser perfeito como o Pai celeste o é, é amar também os inimigos, os que não nos amam. “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e vos maltratam” (idem, 44). E mais ainda: “Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra” (idem, 39
Dirigente: - São Paulo começa quase todas as suas cartas lembrando os cristãos, do seu tempo, de que são “chamados à santidade”.
Leitor 4: Aos romanos, logo no início, ele se dirige a eles dizendo: “A todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos […]” (Romanos 1,7).
Leitor 1:  Aos coríntios ele repete: “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Cristo Jesus chamados à santidade com todos […]” (I Coríntios 1,2).
Leitor 2: Aos efésios ele também recorda, logo no início, que o Pai nos escolheu em Cristo “antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Efésios 1,5).
Leitor 3:  Aos filipenses ele exorta: “O discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo” (Filipenses 1,10).
Leitor 4:  Para o grande apóstolo a santidade é a grande vocação do cristão. “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza […]” (I Tessalonicenses 4,3-5).
Todos:  “Purifiquemo-nos de toda a imundície da carne e do espírito realizando a obra de nossa santificação no temor de Deus” (II Coríntios 7,1).
Leitor 1: “Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor” (Hebreus 12,14).
Leitor 2 - Santa Teresa de Ávila afirma que: “O demônio faz tudo para nos parecer um orgulho o querer imitar os santos”. A santidade ainda não é um fim, mas o meio de voltarmos a ser “imagem e semelhança” de Deus, conforme saímos de Suas mãos.  A santidade é a melhor resposta que damos ao amor de Deus. É esse amor retribuído que levou os santos a fazerem a vontade de Deus e chegarem à santidade.
Todos: O Concílio Vaticano II afirmou que: “Todos os fiéis cristãos são, pois, convidados e obrigados a procurar a santidade e a perfeição do próprio estado” (Lumen Gentium, 41). Essas palavras da Igreja mostram que a santidade não é, como se pensava antes, um caminho para poucos “eleitos” de Deus, privilegiados; mas um caminho para “todos” os cristãos. Esse chamado é uma “vocação universal”.
Dirigente:  - Todos os batizados, portanto, sem exceção, são chamados à santidade. “Eles são justificados no Senhor Jesus – diz o Concílio – porquanto pelo batismo da fé se tornaram verdadeiramente filhos de Deus e participantes da natureza divina e portanto realmente santos” ( Lumen Gentium, 40).
Todos: Vemos então que cada um de nós “recebeu” a santidade no batismo e deve viver de modo a preservá-la e aperfeiçoá-la.
Leitor 3: Certa vez, o saudoso Papa João Paulo II disse em Roma, citando Bernanos: “A Igreja não precisa de reformadores, mas de santos”. Em outra ocasião, ele declarou aos catequistas: “Numa palavra, sede santos. A santidade é a força mais poderosa para levar a Cristo os corações dos homens” (L.R. nº 24, 14/06/92, pg 22 [338]).
Dirigente - Para viver a santidade devemos, como disse Santo Afonso de Ligório, “fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz”; isto é, viver os mandamentos e aceitar a vontade do Senhor em tudo. A Igreja existe para nos levar à santidade e nos oferece muitos meios de santificação: a oração, os sacramentos, os sacramentais, a Palavra de Deus, a fé. Além disso, nos santificamos pelos sofrimentos, pela vivência familiar como pais e filhos cumpridores de nossa missão; pelo trabalho realizado com amor. É no chão do lar, da fábrica, do asfalto, da rua, da luta diária que cada um de nós se santifica fazendo a vontade de Deus.
Todos: O mundo hoje precisa de muitos santos, como afirmou João Paulo II. 
Leitor 4 :O Sermão da Montanha, relatado nos capítulos 5,6 e 7 de São Mateus, apresenta-nos o verdadeiro código da santidade. É como dizem os teólogos: é a “Constituição do Reino de Deus”. É por isso que na Festa de Todos os Santos a Igreja nos faz ler no Evangelho esse discurso de Jesus.
Texto a ser meditado: Mateus 5, 1-16

“... Procura ser sempre boa e generosa, e percorre a largos passos o caminho da santidade a que és chamada.” (Madre Clélia)



 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Oleiro

Simplesmente barro nas mãos do Oleiro
A Sagrada Escritura utiliza-se de inúmeras figuras e expressões para revelar Deus e o Seu modo peculiar de agir na história. Entre estas descrições quero destacar a imagem do oleiro, fortemente acentuada pelo profeta Jeremias (cf. Jer 18,1-6ss).
Nestes versículos apresentados pelo profeta, a manifestação divina é expressa com a figura de um oleiro, que molda como a argila aqueles que Lhe pertencem. Esta descrição é rica em expressão e em significado, pois desvela a ação e o amor do Eterno, possibilitando-nos compreender o "singelo jeito" com que Ele nos acompanha e faz crescer.
Este Oleiro sabe, melhor que nós mesmos, do que realmente precisamos e o que nos fará essencialmente felizes. Sua ternura nos convida ao abandono total aos Seus cuidados, os quais sempre nos proporcionarão o melhor, mesmo quando não formos capazes de compreender Seu distinto modo de agir. Por isso, para caminhar no território da fé, a confiança se estabelece como realidade mais necessária do que a compreensão… Uma confiança "filial" de alguém que se descobre amado e cuidado e que, por isso, crê que o Oleiro está sempre agindo e realizando o que é melhor para seus dias.
De fato, este Oleiro enxerga além. Ele contempla as surpresas que ao futuro pertencem e, na Sua Divina Providência, cuida de nós: ora retirando de nosso caminho o que nos é prejudicial, ora acrescentado algo àquilo que nos falta. Isso nos desautoriza a pretensão de querer condicionar a ação de Deus à nossa limitada maneira de enxergar e compreender as coisas, antes, nos confessa que é preciso confiar naquilo que Ele faz e em Seu modo particular de fazê-lo.
A confiança nos abre à percepção de que Deus sabe retirar excessos e acrescentar às ausências no momento certo. Sabe o que realmente nos fará crescer e amadurecer (e crescer às vezes dói). E maduro é quem sabe perder sem apegos, para que assim possa ser despojado do que não lhe é essencial e acrescentado no que realmente lhe falta.

Não existe arte sem amor, quadro sem pintor, vaso sem oleiro… Obra mais bela é a que se constrói pelas mãos do artista, do Oleiro. Só Ele traz em Seu coração os belos sonhos que poderão retirar um rude barro de sua "não existência".
O barro não pode se moldar a si mesmo. Para vir a ser, ele precisa confiar-se aos sonhos e à sensibilidade do oleiro, pois as mãos dele comportam a medida certa, entre firmeza e delicadeza, para trabalhar esta substância abstrata transformando-a em uma linda obra de arte.

Da mesma forma, não existe parto sem dor, maturidade sem perdas, felicidade sem se  ater ao essencial. É necessário confiar n’Aquele que nos molda, e mesmo quando a firmeza de Suas mãos parecer pesar demais sobre nós, confiemo-nos à Sua iniciativa e criatividade, que sempre realizará em nós o que é melhor.
A felicidade faz morada em nosso coração à medida que nos assumimos como aquilo que realmente somos: “Barro, apenas barro, nas mãos do Oleiro!” (Diácono Adriano Zandoná)

São Paulo Apóstolo

As descobertas de São Paulo
Com a conversão de São Paulo houve muitos frutos na vida da Igreja
Em Atos dos Apóstolos, por meio da conversão de São Paulo houve muitos frutos importantes na vida da Igreja.
O apóstolo dos gentios, em sua época, via que estava surgindo uma nova "seita, o cristianismo" que ia contra a religião judaica da qual ele era embaixador. Porque, para os judeus, acreditavam que o ser humano era o salvador de si mesmo por meio de suas boas obras, mas esta "seita" por sua vez, afirmava que a salvação só era obtida por meio de Jesus Cristo, porque Ele é o Salvador. Por isso Paulo queria destruir os cristãos de qualquer forma, a uma certa altura dos acontecimento, ele obteve dos sumos sacerdotes uma carta de recomendação para aprisionar todos os cristãos que ele encontrasse pelo caminho.
E olha que interessante, antes de serem chamados de "cristãos" eles eram chamados de os "seguidores do caminho" e interessante é que os seguidores de Jesus são chamados a percorrer no mundo o novo caminho, o caminho do seguimento d'Ele.
Mas quando o apóstolo está se aproximando de Damasco, Jesus aparece para ele, não com um aspecto humano, mas como uma luz resplandecente.
Nesse caminho para Damasco São Paulo faz três descobertas importantes:
Primeira descoberta: Paulo descobriu a originalidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele descobriu que Jesus era diferente de todos os profetas e fundadores de religião, porque todas eles estavam mortos e encerrados no passado; ele descobriu que este Jesus está vivo e Ressuscitado em meio a nós.
Segunda descoberta: Paulo também descobriu a originalidade da Igreja, a Igreja é uma comunidade viva, uma comunidade de graça e salvação. Ela forma uma totalidade, mais tarde ela a chamará de "Corpo Místico de Cristo". Logo, perseguir a Igreja é perseguir o próprio Cristo.
E a terceira descoberta: A Igreja é universal e espiritual. A sua conversão não é obra humana, mas sim obra da graça de Deus. Nossa vocação é obra divina, é um chamado de Deus. O Senhor nos chamou para sermos apóstolos de Cristo. Paulo se encontrou com Jesus a caminho de Damasco e nós podemos encontrar o Senhor todos os dias na Eucaristia.
Jesus Cristo mesmo nos diz: "Minha carne é verdadeira comida e meu sangue verdade bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e Eu nele. Quem come a minha carne e bebe o meu Sangue terá a vida eterna".
"O Corpo alimentado pela Eucaristia está destinado de um modo mais profundo à ressurreição" (São Justino).
Quando os judeus ouviram este realismo a respeito da Eucaristia eles voltaram atrás no seguimento de Jesus. E essa crise que foi gerada também no coração dos discípulos de Jesus, quando Ele afirmou: "A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida" e muitos deles voltaram atrás, mas Cristo não voltou atrás e lhes perguntou: "E vocês não querem também voltar atrás?" E São Pedro afirmou: "A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna!"
Pedro compreendeu que as palavras de Jesus não eram meramente humanas, mas eram cheias do Espírito Santo. A Eucaristia é, sobretudo, um sacramento por meio do qual Cristo permanece conosco. A Eucaristia é o Emanuel é o Deus conosco. Já afirmava o Beato João Paulo II, em sua encíclica: "A Igreja da Eucaristia": "A Eucaristia é o supremo bem da Igreja".
A Eucaristia é o sacramento pascal por excelência, ela nos sustenta para que possamos amar o outro até o extremo, como fez Jesus Cristo na cruz. Dom Benedito Beni
Bispo da Diocese de Lorena -SP

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Biblia

As cinco vias da Palavra
Setembro é o mês da Bíblia. Sofremos um analfabetismo bíblico e precisamos criar o “século da Bíblia” e tê-la todos os dias em nossas mãos. Eis as cinco vias da Palavra.

1 - O ouvido -  Como poderemos crer sem ouvir a pregação da fé? “Ouve oh Israel”. Este é o mandamento divino. Dá-nos Senhor, ouvido de discípulo, pede o profeta Isaías. A fé entra pelo ouvido. Não podemos ser surdos ao Deus que se revela a nós como a amigos. Quem ouve minha Palavra e a põe em prática, este é o maior no reino dos céus, ensinou Jesus. Hoje se ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis o vosso coração, diz o livro de Samuel. A Palavra supõe a audição, o ouvido, do contrário, ela cai no chão.

2 - A cabeça - A Palavra exige o estudo, a teologia, o magistério e o catecismo. A fé não pode contrariar a reta razão, mas, ela vai além da razão. É preciso dar a razão de nossa fé porque a verdade e a fé são duas asas que movem o ser humano até Deus. Fé e razão se completam. O ato de fé é um ato de decisão, de opção, de adesão a Deus, a Jesus Cristo e à revelação divina. A cabeça é uma via da fé para evitar todo infantilismo, magia, engano, exploração, fanatismo e heresia no âmbito da religião. A Palavra guia nossos pensamentos e oferece critérios, valores e luzes para a razão.

3 - O coração - A Palavra ouvida desce ao coração, ou seja, é interiorizada, assimilada, vivida, experimentada. É no intimo do coração que a Palavra se faz carne em nós. Ela se torna alimento. “Toma o livro e come-o” diz a Escritura.  Há uma grande fome e sede da Palavra porque ela alimenta a fé no coração dos cristãos. A fé é resposta à Palavra e compromisso assumido no centro, no interior dos corações.

4 - As mãos - A fé sem obras é morta. A Palavra alimenta a fé. É no testemunho, na ação, mas principalmente nos gestos de amor a Deus e ao próximo, que se manifesta nossa fé. Nossas mãos se abrem à generosidade, à solidariedade, à prática do amor pessoal e social, graças à fé. Uma fé autêntica é compromisso com a vida, a transformação, a promoção humana. Daí se entende os famosos binômios: fé e vida, oração e ação, mística e política, contemplação e transformação. A Palavra abre nossas mãos para a construção do reino, para as boas obras e o amor transformador.

5 - Os pés - A Palavra é o combustível, o motor, a energia da missão. Quem tem fé não é acomodado, mas, missionário, caminhante, evangelizador. Fé com  pé na estrada, pé a caminho, pé nas ruas, nas portas das casas, nas periferias e nas mansões. A fé leva ao lava-pés e a andar a pé para facilitar o encontro. De pessoa a pessoa, de casa em casa, de grupo em grupo, de nação a nação, a fé nos coloca em movimento, em ousadia missionária. Os caminhos da fé levam ao encontro com o diferente, o afastado, até o além fronteiras. A fé nos dá pés velozes que correm até os confins da terra, que nos levam ao povo. Com os pés iluminados pela Palavra caminhamos pressurosos para a casa do Pai. Pés evangelizadores que mesmo feridos e machucados nos deixam sempre de pé especialmente ao pé da cruz.  

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina
Publicado na Folha de Londrina, 11 de setembro de 2010

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Retiro

RETIRO DE SETEMBRO

PERMANECEI EM MIM

Dir.: A vida cristã é uma profunda união com Deus. Jesus disse de maneira enfática “Permanecei em Mim e eu permanecerei em vós, porque sem Mim nada podeis fazer...”

Voz 1: O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Assim também vós não podeis tão pouco dar fruto, se não permanecerdes em Mim” (Jo 15,4)

Voz 2: A insistência dessa recomendação de Jesus faz nos ver que quando a vida não vai bem, quando não produzimos os “frutos” da fé, é porque nossa comunhão com Ele não vai bem. Ele é a videira e nós somos os ramos, e Ele afirma:

Todas: “Quem permanecer em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto”

Voz 3: O poder de Deus se manifesta naqueles que estão cientes da própria fraqueza. O maior risco que corremos no trabalho do Reino de Deus, é o de esquecermos dessa Palavra de Jesus, tentando realizar as obras de fé apenas com os nossos pobres recursos humanos. Jesus sabe que somos fracos e incapazes de fazer a vontade de Deus, então Ele mesmo deseja ser a força e a vida de cada um de nós.

Voz 3: Foi para isso que Ele instituiu a Eucaristia: para poder fazer comunhão íntima com cada um daqueles que salvou, vertendo o seu sangue preciosíssimo na Cruz.

Dir.: Jesus deseja vir a nós e permanecer em nós. Ele é o Bom Pastor que deseja estar com cada ovelha e não quer perder nenhuma delas. Ele foi buscar Zaqueu, Maria Madalena, Mateus, Marta, Lázaro, Tiago, Tomé... e hoje quer buscar também cada uma de nós... eu... você... aqueles que fazem parte de nossa caminhada

Textos para oração
  • Jo 15, 1-11 – Eu sou a videira autêntica e meu Pai é o agricultor e vós sois os ramos
  • Jo 10, 1-11 – Eu vim para que todos tenham vida em abundância...
  • Lc 19 1-10  - Hoje a salvação entrou nesta casa... a casa do coração... a casa do amor...
  • Lc 6,43-49 -  Para quem tem fé, a casa da vida só pode ser construída sobre a rocha que é Jesus Cristo
  • 1 Pd 5,5-11- Perseverança da Fé

Silenciar é criar um espaço interior onde todas as
coisas nos falam de Deus...
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