Teológico Pastoral

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Escolhas

A Vida e as suas escolhas

Diariamente somos convidados a fazer escolhas em nossa vida. Algumas são simples, fáceis e quase que evidentes; outras, mais difíceis, complexas e exigem um belo discernimento, pois influenciarão o resto da nossa vida. A vida é feita de escolhas que determinam o rumo da nossa existência. Se voltarmos para trás no tempo, perceberemos que aquilo que somos hoje, aquilo que fazemos, o lugar que moramos, foi tudo fruto de uma escolha. Alguém dizia que não escolher jê é uma escolha, portanto, somos movidos por escolhas diárias, e mais que diárias, escolhas continuas e no mesmo dia, escolhemos diversas vezes. Até a nível material, escolhemos entre algo mais caro, ou mais barato; de determinada cor, tamanho, enfim, escolhas e mais escolhas.
Escolher requer assumir a postura, a decisão tomada. Quando alguém vive justificando suas atitudes, culpando os outros por aquilo que faz, revela a sua imaturidade. A pessoa madura, pelo contrário, assume seus atos e responde por eles. Isso demonstra a sua capacidade de dirigir a sua história, nos bons e maus momentos da sua vida.
Diariamente a vida nos pede escolhas entre o bem e o mal; entre o perdão e a vingança; entre continuar lutar, ou desanimar; entre fugir diante das dificuldades, ou assumi-las com coragem; entre falar mal dos outros ou enaltecer os seus pontos positivos; entre ser uma pessoa boa ou uma pessoa má; entre respeitar e tratar os outros com dignidade ou tratá-lo com grosseria e maus modos etc.
Os amigos que temos, são frutos de uma escolha, porque eles combinam com os nossos gostos, nosso modo de pensar e agir diante do mundo. Ali também escolhemos amigos que nos ajudem a sermos bons, positivos, animados, ou então, amigos que nos conduzem para o mau caminho, ajudando-nos a nos perdermos na estrada da vida. Alguém certa vez disse uma frase muito significativa e muito verdadeira: ‘diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és’. Os amigos que escolhemos revelam aquilo que nós somos e desejamos da nossa vida. Aliás, os irmãos que nós temos, a família que possuímos, nós recebemos gratuitamente; os amigos, pelo contrário, nós escolhemos. Não posso escolher meu pai, minha mãe, meu irmão, meu tio ou familiares de modo geral. Amigos, pelo contrário, eu posso e devo escolher, mas escolho baseado em critérios que sintonizam com o meu modo de ser e de viver a vida.
Escolho aquilo que eu quero ser na vida, e devo responder por essa escolha. Muitas pessoas reclamam da sua vida, do marido ou da esposa, mas na verdade, essa mulher ou esse homem, foi uma escolha sua e não uma imposição dos outros. O problema é que muita gente não escolhe por uma livre decisão, mas movido e guiado pela opinião dos outros. Nesse caso, torna-se cômodo dizer quando as coisas não dão certo: ‘eu não queria fazer isso; fui obrigado pelos outros’. Essa resposta demonstra a grande imaturidade da pessoa, pois ela não age por um impulso interno, mas por razões externas a ela.
Sempre que tomamos uma decisão, existem perdas e ganhos. Isso é perfeitamente normal, pois toda escolha limita as nossas possibilidades. A grande verdade é que não podemos escolher tudo, pois isso é simplesmente impossível. O discernimento tona-se vital, para tomarmos a melhor decisão e sermos felizes e realizados com a decisão tomada.
Nada melhor do que com o avançar do tempo, podermos sentir a alegria de termos feito a escolha certa na hora certa. Isso determinou a nossa vida e nos trouxe a felicidade. Pessoa realizada e feliz é aquela que soube fazer as escolhas fundamentais da sua vida, ouvindo a sua consciência e a consciência sempre tem razão. Continue assim, consultando sempre a sua consciência e com certeza, você será muito feliz.
Dr. Pe. André Marmilicz
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